O processo disciplinar que pede a cassação do mandato do presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano (PSD), será relatado pelo deputado estadual Matheus Vermelho (PP). A escolha nesta terça-feira (20) pelo presidente do Conselho de Ética da Assembleia, Delegado Jacovós (PL).
Vermelho é o mesmo deputado que sugeriu a advertência por escrito a Renato Freitas (PT) por acusar Traiano de corrupção. Ligado ao agronegócio, é filho do deputado federal Vermelho (PSD), e está em seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa.
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Renato Freitas pediu a cassação de Traiano após revelar que o presidente da Assembleia confessou ter recebido uma propina de R$ 100 mil do grupo Joel Malucelli em 2015, para renovar o contrato entre a TV Icaraí e a TV Assembleia. Delatado pelo executivo Vicente Malucelli, Traiano fez um acordo de não persecução penal para evitar um processo que, em última instância, poderia tê-lo levado à cadeia.
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Nos bastidores, os deputados acham difícil que o Conselho de Ética puna Traiano. Em primeiro lugar, porque o fato ocorreu antes do atual mandato, o que permite ao presidente pedir que o caso seja arquivado sem sequer ser julgado. Além disso, o próprio Vermelho, ao relatar o caso de Renato Freitas, disse que a pena numa primeira infração deve ser sempre apenas a advertência – e jamais a cassação.
Mesmo que não fosse tudo isso, os deputados apostam que Traiano, embora enfraquecido com as revelações, ainda tem poder político suficiente para fazer pressão sobre seus pares e evitar uma punição.
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Traiano não será cassado e como punição receberá passada de mão na cabeça e um pedido pra não fazer mais, mas quem fala a verdade acaba punido ainda mais se for negro, isso só mostra cada vez mais que a câmara de vereadores e assembleia legislativa são racistas.
Deputado Vermelho, a coerência das atitudes na vida, sempre deve ocorrer quando as circunstâncias assemelhadas se cruzam. Como sua decisão em advertir o deputado Renato Freitas pelo fato de ter dito uma verdade no caso que envolve o presidente da Casa, o senhor está diante do reverso da questão, pois onde existe essa verdade numa das partes, ela passa a ser uma realidade insuperável que não permite outra decisão que não seja a condenação do acusado, no caso da parte contrária. Assim, a decisão pela cassação do mandato, deve ser líquida e certa.
Quais os nomes dos deputados e deputadas do PT que assinaram esse pedido protocolado por Renato Freitas?