Passagem de Bolsonaro tem discurso para plenário esvaziado e palanque para deputados

A passagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por Curitiba nesta sexta-feira (15) serviu de palanque para que políticos da extrema direita do Paraná pudessem posar ao lado dele e ganhar pontos com o eleitor mais radicalizado. Além de receber o […]

A passagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por Curitiba nesta sexta-feira (15) serviu de palanque para que políticos da extrema direita do Paraná pudessem posar ao lado dele e ganhar pontos com o eleitor mais radicalizado. Além de receber o título de cidadão honorário do Paraná na Assembleia Legislativa, motivo original da visita, Bolsonaro almoçou com parlamentares no Mercado Municipal e fez um pequeno comício no Centro Cívico.

O almoço no Municipal, um ponto de grande fluxo de pessoas, foi a primeira parada do ex-presidente. Ali se encontrou com deputados estaduais e federais de sua legenda, o PL – foi a bancada do partido na Assembleia que apresentou o projeto de homenagem ao ex-presidente. A ideia era exibir os correligionários ao lado do ex-presidente, na esperança de que isso renda votos para o partido. Embora tenha sido derrotado em 2022, Bolsonaro ganhou a disputa no Paraná com folga e ainda é visto como cabo eleitoral importante.

Homenagem na Assembleia: muita gente na tribuna, mas cadeiras vazias no plenário. Foto: Tami Taketani/Plural

Na Assembleia Legislativa, a cerimônia durou cerca de uma hora e meia. Na Mesa Diretora, em geral ocupada por Ademar Traiano (PSD), que em função do escândalo da propina da TV Assembleia nem compareceu à homenagem, Marcel Micheletto (PL), vice-presidente do Legislativo, comandou o show, tendo a seu lado um sem-número de deputados do partido e de legendas próximas que ficaram atrás de Bolsonaro o tempo todo como figurantes.

O governador Ratinho Jr. (PSD) compareceu e discursou por sete minutos dizendo que tem gratidão por Bolsonaro – e listou uma série de obras que sua administração pôde fazer por ter recebido recursos do governo federal na época de Bolsonaro. Ao contrário dos deputados do PL, porém, Ratinho evitou falar mal de Lula e do petismo.

Faixas em discurso de Bolsonaro. Foto: Tami Taketani/Plural

Discursando para um plenário esvaziado (a maioria dos deputados não compareceu à cerimônia e os militantes foram deixados do lado de fora), Bolsonaro fez um retrospecto de seu governo. Continuou defendendo a cloroquina e negou que tenha tentado dar um golpe de Estado. Segundo ele, “nem um estilingue” foi encontrado com os invasores dos palácios no 8 de janeiro.

Embora não tenha falado diretamente de eleições, Bolsonaro afirmou que “contrariando Ulysses Guimarães”, que previa sempre a pioras do Congresso, está havendo uma “depuração” dos quadros da política brasileira. Citou como exemplos dessa “melhora” o próprio Ratinho, Ronaldo Caiado, Tarcísio de Freitas e Jorginho Mello. Disse ainda que isso dá “a certeza” de que as coisas vão melhorar no país.

Depois disso, Bolsonaro foi para o lado de fora da Assembleia, onde sobre um caminhão de som com bandeiras do Brasil e outras com slogans como “Fora Dino”, falou para um grupo pequeno de apoiadores que o esperou.

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