MST é homenageado pelo lançamento de sementes de palmeira Juçara no Paraná

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra lançou quatro toneladas de sementes em reserva legal em Quedas do Iguaçu

Quatro toneladas de sementes da palmeira Juçara foram lançadas em uma reserva legal em Quedas do Iguaçu, oeste do Paraná, pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). A ação rendeu menção honrosa da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) pela Câmara, iniciativa do mandato do deputado Goura (PDT).

A homenagem foi entregue na última semana, no plenário. As sementes foram lançadas na área de reserva legal da Comunidade Dom Tomás Balduído, onde vivem 580 famílias assentadas.

Algumas das famílias vivem da venda do açaí de juçara, o fruto da planta. O açaí é processado e se transforma em polpa, picolé, geleia etc. Além disso, também há a questão ambiental, já que a espécie é típica do bioma Mata Atlântica.

As sementes da palmeira, que está na lista oficial de espécies de Flora Brasileira em extinção, foram lançadas em 67 hectares.

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Além do MST também foram homenageados o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA/PR), Polícia Rodoviária Federal (PRF), ITAIPU Binacional, Laboratório Vivam de Sistemas Agroflorestais da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Laranjeiras do Sul (UFFS/LS), Centro de Desenvolvimento Sustentável e Capacitação em Agroecologia (CEAGRO), Cooperativa de Crédito Rural de Pequenos Agricultores e da Reforma Agrária do Centro-Oeste do Paraná (CREHNOR), Agroecology Fund (AEF), Instituto Água e Terra (IAT/PR), Prefeitura Municipal de Quedas do Iguaçu e Câmara Municipal de Quedas do Iguaçu.

Projeto de lei

Na mesma ocasião o deputado Goura protocolou um projeto de lei no qual destaca a palmeira juçara como produto agroecológico. O projeto, entre outros, também destaca a importância ecológica, nutricional e econômica da juçara.

“Embora ainda em desenvolvimento, diversas famílias já estão encontrando uma alternativa de renda com o processamento da polpa da juçara, que pode ser consumida e também favorece a germinação das sementes da espécie, facilitando seu plantio e dispersão em processos de restauração florestal. Essa forma de uso alimentício não prejudica a planta, nem ameaça a espécie e ainda é uma importante fonte de desenvolvimento social e econômico sustentável”, diz um trecho do texto.

O PL tramita desde o início do mês, mas ainda não há previsão de que seja votado em plenário.

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