“Eu e Fernanda podemos ser candidatos em 2024”, diz Deltan

Cassado, ex-coordenador da Lava Jato fala a ser candidato a prefeito de Curitiba ou a vereador no ano que vem

“A Fernanda ainda não decidiu, mas existe a possibilidade de ela e eu sermos candidatos em 2024”, afirmou o ex-deputado Deltan Dallagnol (Novo) durante seu discurso no encontro do Partido Novo em Curitiba na manhã deste sábado (11). Procurado pelo Plural depois do evento, o ex-coordenador da operação Lava Jato acrescentou que “não está lutando por cargos mas por transformação” e que “a minha candidatura é uma possibilidade”.

Nos bastidores da política paranaense se fala de uma possível candidatura de Dallagnol à Prefeitura de Curitiba em 2024. Ao Plural, o ex-deputado disse que não descartou esta opção, assim como também poderia de ser candidato a vereador da capital. Por outro lado, durante o evento deste sábado o presidente do Novo de Curitiba, Eduardo Negri, afirmou que com certeza o partido vai ter um candidato a prefeito além de 39 candidatos à Câmara Municipal. Sem dúvida, o candidato mais provável seria Dallagnol, mas várias pesquisas apostaram também em uma possível candidatura de sua esposa, Fernanda. 

Além de ter escolhido de filiar-se ao Novo junto com seu marido, ela também participou do evento em Curitiba e pela primeira vez fez um discurso em público: “Eu nunca tinha pensado de entrar na política. Não era o que tinha planejado na minha vida mas assisti meu marido Deltan ser expulso do Congresso Nacional. Ele queria lutar por um país melhor, mas o sistema não aceitou ele lá”, disse Fernanda.

Fernanda Dallagnol disse que sentiu revolta depois da cassação do marido: “Não podemos brigar com este sistema sem estar por dentro dele. O Deltan é um soldado mais é um só, e sozinho ele não é capaz de fazer nada contra este sistema. Temos que colocar no Congresso e nos municípios mais vinte ou trinta pessoas como o Deltan”. A esposa do ex-procurador afirmou de ter se filiado ao Novo porque está disposta a colocar seu nome “à disposição para fazer a mudança que quero ver neste pais”.

Fernanda Dallagnol: esposa de ex-procurador diz que Brasil precisa de “mais Deltans” no Congresso. Foto: Mattia Fossati

Por conta da cassação do registro da candidatura de Deltan, decidida pelo Tribunal Superior Eleitoral, há quem considere que ele estaria inelegível até o 2028, e que uma possível candidatura dele poderia ser cassada pela Justiça Eleitoral. Por outro lado, uma interpretação mais extensiva da Lei da Ficha Limpa, que regulamenta os casos de inelegibilidade, poderia viabilizar sua candidatura.

“Há uma consulta feita ao Tribunal Regional Eleitoral que diz que estou elegível. Claro que tudo é passível de discussão como foi no passado. A minha cassação foi um ato político e foi uma grande injustiça. Lutando na primeira e na segunda instância, que são mais técnicas, acho que podemos alcançar um bom resultado”, disse Deltan depois do evento.

Ao Plural, Dallagnol afirmou que a sua saída do Podemos não foi determinada por brigas internas do partido: “Saí com um bom relacionamento. Sou grato ao Podemos mas encontrei no Novo um partido que tem coragem de lutar contra os donos do poder no Brasil. Foi uma questão de alinhamento maior”.

Com respeito ao salário que ele recebe do fundo partidário do Novo para ser o embaixador do partido, Dallagnol afirmou que depois da cassação não recebeu uma retribuição do Podemos. “Recebi propostas do Podemos e de outros partidos para me engajar em atividade partidária e também recebi propostas de fora de partidos, mas decidi seguir da política e não desistir”.

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