Deputados estaduais do Paraná estão articulando uma nova metodologia para eleger a direção da Assembleia Legislativa neste ano. O motivo é um só: evitar que o atual presidente Ademar Traiano (PSD) consiga se infiltrar na chapa que vier a ser eleita. Constrangidos com a situação de Traiano, que admitiu ter recebido R$ 100 mil em propina, os deputados querem garantir que ele fique fora da gestão da Assembleia.
Atualmente, o modelo de eleição interna na Assembleia é a formação de chapas. Em geral, os deputados (tanto da situação tanto da oposição) acabam chegando a uma costura para organizar chapa única, evitando assim desgastes de uma campanha interna. O formato, porém, não permite que os deputados votem apenas em parte da chapa, e todos os integrantes da chapa eleita assumem seus cargos.
Traiano hoje não tem condições políticas de se reeleger presidente, e conforme o Plural antecipou, há um consenso de que Alexandre Curi (PSD) deve ser eleito para sucedê-lo. No entanto, Traiano ainda tem ilusões de que pode arranjar para si a vaga de primeiro-secretário da chapa, mantendo parte de seu poder. E, como ainda tem a Presidência na mão, essa costura não seria impossível.
Para evitar esse risco, a ideia que surgiu foi de mudar o modelo às pressas para que a eleição seja individualizada, assim como ocorre no Congresso Nacional. Ou seja: há candidatos à Presidência, candidatos à Primeira Secretaria, à primeira vice, e assim por diante. Desse modo, seria possível eleger um presidente, por exemplo, sem levar a reboque algum candidato a primeiro secretário que não pareça interessante.
Traiano, obviamente, não seria eleito por esse sistema, e se opõe à mudança. No entanto, é possível que a nova regra nem precise ser implementada. Isso depende de Traiano se convencer de que não terá clima para se manter na Mesa Diretora e talvez se contentar com a presidência de uma comissão menor.
A eleição da Mesa deverá ocorrer no segundo semestre deste ano, e segundo parlamentares ouvidos pelo Plural, após a escolha formal do sucessor, Traiano perderá ainda mais poder, uma vez que seu mandato estaria de fato com os dias contados. Isso é visto como importante pelos deputados para diminuir a pressão popular causada pelo escândalo da propina e para não passar a imagem de que a Assembleia foi conivente com o crime do atual presidente.
Esses políticos da direitalha de Curitiba não tem vergonha na CARA
Não entendo essa “República”, passa um tempão arrotando grosso que defende a honestidade, lisura, mas se cala diante da palavra “propina”. Será que é por quê ela se dirige a um aliado? A coisa pública, “res pública” deveria ser de todos, é assim que se construiu a “Democracia”. Curitibanos, acordem…