Câmara dá posse a quatro novos vereadores. Veja quem são

Angelo Vanhoni e Giorgia Prates, ambos do PT, Bruno Pessuti (Podemos) e Rodrigue Reis (União Brasil) ocuparam cadeiras vagas por conta das eleições

Quatro novos vereadores de Curitiba foram empossados na Câmara Municipal nesta quarta-feira (1) numa sessão marcada por antagonismos políticos e sinalizando apoio ao prefeito Rafael Greca (PSD).

Carol Dartora (PT) eleita deputada federal,  Denian Couto (Pode), Flávia Francischini (União Brasil) e Renato Freitas (PT), eleitos deputados estaduais, renunciaram para assumir os novos cargos e foram substituídos pelos suplentes: Angelo Vanhoni (PT), Bruno Pessuti (Podemos), Rodrigo Reis (União Brasil) e Giorgia Prates (PT).

A sessão marcou o domínio de Rafael Greca na Casa, mesmo sem a presença do prefeito que está em viagem ao exterior. O prefeito em exercício, Eduardo Pimentel (PSD), fez um discurso mais moderado e diplomático, mas o líder da bancada governista, Pier Petruziello (PP), sequer citou os novos colegas petistas enquanto usou a tribuna.

Novos vereadores

O primeiro vereador empossado a falar foi Vanhoni, que já exerceu a função entre 1989 e 1994. Também foi deputado estadual e federal. Ele lembrou do aniversário de 330 anos de Curitiba, que se aproxima, ressaltou a importância da Mandata Coletiva das Pretas, da colega Prates e da co-vereadora Andreia Lima, que acompanhou a sessão, bem como parabenizou a também petista Ana Julia, que assume vaga na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

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“Hoje é uma coisa especial para mim. Volto com algo inusitado na história da nossa vida. O Brasil passa por uma crise sem precedentes do ponto de vista civilizatório. O presidente Lula depois do calvário justamente aqui em Curitiba mobilizou pobres, jovens, pessoas que têm clareza de como a vida pode avançar”. Vanhoni também criticou o bolsonarismo e lembrou da tentativa racista de cassação do ex-vereador Renato Freitas.

A fotojornalista Giorgia Prates assume o primeiro mandato e é segunda mulher negra a ocupar a posição, após Dartora. Como havia adiantado ao Plural, Prates falou da importância simbólica de ser uma mulher negra, periférica e lésbica ocupando o espaço de poder.

“Estamos ao lado de todos, todas e todes lutando por seus direitos constitucionais. Escolhi entrar nesse espaço de poder para junto com a população lutar por dias melhores. A Mandata está lá para o que for preciso e o que for necessário para encontramos o que é melhor. O que aprendi com movimentos sociais e sindicatos é são necessários a união, a vontade e a verdade para fazer a mudança”.

‘Grequistas’

Pessuti, por sua vez, começou a agradecendo aos 3011 votos que o reconduziram à Câmara de Curitiba. Na falta de Greca, ele enalteceu a presença de Pimentel, de quem foi chefe de gabinete nos últimos dois anos. Além disso, o vereador afirmou que pretende focar o mandato para questões locais e tentou se afastar do ‘atletiba’ entre petistas e bolsonaristas.

“Retorno a essa Casa para continuar debatendo temas que foram norte do mandato, temas locais que interessam a todos os moradores de Curitiba (…) e fazer com que a vida dos curitibanos seja melhores. É um discurso breve, mas daqueles que buscam encontrar caminhos. Conte comigo Eduardo Pimentel. Conte comigo Rafael Greca”.

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Filho da ex-vereadora Julieta Reis, Rodrigo Reis iniciou a primeira fala como parlamentar lembrando da trajetória da mãe. “Primeiro lugar agradecer a minha mãe, mulher que ficou mais tempo nessa Casa de Leis, sem ‘mimimi’, sem usar a questão de ser mulher”.

Bolsonarista raiz e alinhado com a prefeitura de Curitiba, Reis elogiou ao vice-prefeito, a quem chamou de “Eduardinho”, também citou Ratinho Jr. (PSD) de quem foi comissionado e falou que é um homem de “posição clara”. “Vanhoni, Curitiba é uma cidade conservadora (…) vamos continuar nesse trabalho conservador porque houve 65% de votos para o ex-presidente Bolsonaro em Curitiba”, disse ao rebater a fala de Vanhoni.

O parlamentar também criticou o Supremo Tribunal Federal (STF), que, segundo ele, interferiu nas eleições e disse que não aceitaria interferências.

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