No início de setembro o atual prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD) e o vice-prefeito, Eduardo Pimentel (PSD), posaram sorridentes ao lado de Sônia Mara de Oliveira, de 63 anos e um carrinho elétrico. O equipamento foi criado para facilitar a vida dos milhares de curitibanos cujo trabalho é percorrer as ruas da cidade a pé e recolher o lixo reciclável descartado pela população e estava sendo entregue para testes.
O carrinho é parte do Projeto Formiga, do Senai e o Sesi no Paraná, que desenvolve um carrinho elétrico para substituir as carroças utilizadas pelos catadores de recicláveis. A iniciativa, segundo conteúdo publicado como publicidade em sites noticiosos pelo Sistema FIEP, gasta entre R$ 10 e R$ 15 mil para fabricar cada carrinho, o equivalente a 52 a 78% da renda anual média de um catador de lixo na região sul.
Segundo o Anuário da Reciclagem de 2022 a renda média mensal de um catador de recicláveis no Brasil é de R$ 1.448,00 (R$ 17.376 por ano) e R$ 1.594,00 (R$ 19.128) no Sul do país.
Não é a primeira vez que os catadores de lixo reciclável de Curitiba são alvo de um projeto do gênero. Em 2010 um projeto da Itaipu Binacional que desenvolveu os carrinhos e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que financiou a compra de centenas deles para as associações de catadores na cidade a fundo perdido.
Em 2019 a Câmara propôs a venda de espaços publicitários nos carrinhos para custear o projeto. Mas os carrinhos entregues na década anterior teriam virado sucata segundo informação fornecida pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) ao vereador Herivelto Oliveira (Cidadania): “Eles foram canibalizados, tiraram o motor, viraram sucata. Eu acho a ideia excelente, mas antes de ser colocada em prática é preciso fazer um amplo trabalho de conscientização e de responsabilização, para evitar depredação e roubo dos equipamentos”.
Ideia é aumentar a renda dos catadores
Os carrinhos elétricos para os catadores teriam a finalidade de reduzir a força necessária para manobrá-los pelas ruas da cidade, já que não seria mais necessária a tração humana. Além disso, cada carrinho tem a capacidade de transportar 600 quilos de material pelos catadores da cidade que são 55% mulheres.
Se carregar mais material, o catador tem maiores chances de ganhar mais (o que também depende do tipo de material coletado). A estimativa do projeto é que o aumento na quantidade de material coletado e transportado seja de 50%. Mas não tira a necessidade do catador andar quilômetros pela cidade para coletar lixo.
O desafio, porém, é o custo e o valor do carrinho. O projeto do Sistema S quer conseguir patrocínio para a compra dos carrinhos. Mas o carrinho usado hoje pelos carrinheiros, sem motor, já é de difícil acesso para os catadores, cuja renda conseguida com o material coletado é usado no dia das despesas da casa.
Em reportagem do UOL Solange Vieira dos Santos e o marido Acir Pereira dos Santos relatam como criaram o modelo de carrinho que é padrão na cidade. Cada um custa cerca de R$ 1.200, um valor inalcançável para os catadores, mas viabilizado pelas associações de trabalhadores que prestam serviço para a prefeitura de Curitiba de coleta, separação e destinação de recicláveis na cidade.
São essas associações e seus trabalhadores que coletam 86% do material encaminhado para reciclagem na cidade. Curitiba faz a destinação de 22% de todo material reciclável descartado na cidade.
Olá,sou do rio grande do sul moro no município de Viamão ao lado de porto alegre,aqui se nós recicladores, tivéssemos a oportunidade, não de ganhar e, Sim de poder comprar um carrinho elétrico,seria ótimo pra aumentar nossa renda e poder pagar mais rápido pelo veículo do qual melhoraria muito,mas infelizmente isso aqui não acontece, meu watts caso alguém se colocasse a disposição pra ajudar a adicquirir um carrinho desses meu número é 51 984340315…