Após privatização, Copel lança programa de demissão voluntária

Empresa poderá reduzir em até um terço força de trabalho. Como não é mais estatal, as próximas contratações já não precisam seguir a Lei das Estatais

Recém-privatizada, a Copel anunciou a criação de um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV) no valor de R$ 300 milhões. Com uma equipe de 5,8 mil funcionários, a ex-estatal tenta reduzir sua força de trabalho ofertando uma indenização mínima de R$ 150 mil, mais a multa de 40% sobre o FGTS e mais doze meses de subsídio de plano de saúde e auxílio alimentação.

A expectativa da empresa é reduzir em cerca de um terço a equipe de funcionários. Nos últimos anos a Copel investiu na redução da força de trabalho. A empresa tinha 8,4 mil funcionários em 2010, chegou a 5,8 mil em 2023 e agora pode chegar a 4 mil nos próximos meses.

O novo programa PDV terá prazo de adesão entre 28 de agosto a 15 de setembro. A efetivação das demissões acontecerá em um prazo de até 12 meses a partir da transformação da empresa em corporação em 11 de agosto.

Como deixou de ser estatal, os funcionários contratados a partir de agora não precisarão mais ser submetidos a concurso público. Portanto, a implantação do PDV é também uma forma de substituir funcionários de carreira pelos que serão contratados no regime CLT ou mesmo terceirizados.

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2 comentários em “Após privatização, Copel lança programa de demissão voluntária”

  1. Somente esclarecendo, apesar da COPEL ser obrigada a fazer concurso publico, antes da privatização, os funcionários da COPEL não são funcionários públicos, são todos contratados pela CLT.
    Podemos esperar uma drástica queda na qualidade da mão de obra, a perda da excelência técnica a qual a COPEL sempre teve, reconhecidamente no setor elétrico brasileiro e a certeza de que a conta de luz vai aumentar, na mesma proporção em que a confiabilidade e qualidade da geração, transmissão e distribuição de energia vão despencar.

  2. O processo de terceirização e a queda da qualidade já vem de longa data e só vai piorar com a corporation. Com todo o respeito, o texto tem uma imprecisão quando menciona que ” (…) a implantação do PDV é também uma forma de substituir funcionários de carreira pelos que serão contratados no regime CLT (…)”, pois os funcionários da COPEL sempre foram celetistas. O que ocorre é que agora será mais fácil perseguir e demitir e terceirizar tudo. Vejam o caso da SANEPAR.

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