“Virei cantora no susto”, diz Uyara Torrente

Artista faz show de lançamento de seu primeiro disco solo em Curitiba nesta quinta-feira (21), no Jokers 

Uyara Torrente ganhou fama aos 24 anos de idade, quando A Banda Mais Bonita da Cidade teve seu hype em 2011. Hoje, continua vocalista do grupo, mas não só. Ela também trabalha como atriz, investe em outros projetos como cantora e está lançando seu primeiro álbum solo, com o título “Montada em Seu Cabelo”. As 10 faixas já podem ser ouvidas pelo público e o show de lançamento será nesta quinta-feira (21), no Jokers (Rua São Francisco, 164 – Centro). 

Uyara Torrente

Ao Plural, Torrente falou sobre sua trajetória e esse novo trabalho. Entre outras coisas, ela explicou por que a capa do álbum em lançamento foi criada com Inteligência Artificial, contou que A Banda Mais Bonita da Cidade foi inventada de maneira despretensiosa, e, para a surpresa de muitos, diz que virou cantora “no susto”. Leia a entrevista a seguir.

Você tem uma carreira como atriz e faz parte do grupo A Banda Mais Bonita da Cidade há 14 anos. Por que somente agora lança um primeiro disco solo?

Eu tive uma trajetória muito específica na música, inventei A Banda Mais Bonita da Cidade com amigos de maneira despretensiosa, não tinha a intenção de me tornar uma cantora, tinha mais a ver com se divertir entre uma coisa e outra. Quando a Banda viralizou, virei cantora no susto e levei muito tempo pra entender esse lugar, eram muitas inseguranças e resistências, fui aprendendo tudo em tempo real a cada show, passagem de som, gravação. 

No meio do processo, entendi melhor o meu lugar e, acima de tudo, compreendi o quanto cantar virou uma coisa enorme pra mim. De dentro pra fora, fui afirmando o quanto era feliz fazendo isso até que consegui verbalizar, “sim, sou cantora”. A Banda me preparou, me legitimou e me fortaleceu até que eu pude de fato assumir esse lugar, e, naturalmente, veio o desejo de descobrir outros caminhos.

“Ela Vem” é a faixa que inspira o nome do álbum, com letra sobre uma mulher onírica, montada em seu próprio cabelo, que sorri e sente raiva ao mesmo tempo. Como a canção está sendo recebida pelo público desde o lançamento do single, em agosto?

Tenho recebido um feedback lindo dessa música, o que foi uma surpresa pra mim. Achava que ela poderia causar algum estranhamento, por não ter uma estrutura muito comum e ter uma letra com imagens estranhas, está sendo bonito acompanhar o encontro do público com esta faixa. O arranjo é um dos responsáveis por esse encontro, essa aproximação. As outras faixas também já podem ser ouvidas e acho maravilhoso como cada uma vem sendo a preferida de alguém, isso me deixa muito feliz.

A capa do álbum foi criada por você com Inteligência Artificial. Como surgiu essa ideia?

Uma artista, que admiro muito, faria a capa em um primeiro momento, entretanto, por mais lindo que estivesse o trabalho, não chegamos ao que eu imaginava. Junto com isso, o Roger Sarolli Mion, diretor de audiovisual do álbum, andava pesquisando sobre Inteligência Artificial e me ensinou algumas coisas. Achei fascinante a possibilidade de tentar gerar a imagem que estava na minha cabeça, mas foi um longo processo, com aproximadamente mil imagens, até chegar nas duas capas, a do disco e a do single. 

A cada teste entendemos melhor o funcionamento da ferramenta, modificamos as descrições para testar os parâmetros de texto até chegar nas imagens que tinham a ver com o que eu desejava. Depois disso tudo, o designer Pablito Kucarz fez os ajustes necessários.

O que o público pode esperar do show?

O show é o meu momento preferido. Em mim, parece que todo o trabalho é feito para o show, o encontro; e tentamos trazer pro ao vivo uma sonoridade bem fiel ao disco, aliada com toda a emoção e alegria desse momento. É um show leve, solar, que chama ao movimento e faz um convite: “Vem dançar comigo?”

Serviço

Show de Uyara Torrente em Curitiba. Quinta-feira (21), às 20h, no Jokers (Rua São Francisco, 164 – Centro). Ingressos a partir de R$ 30 (meia), à venda na plataforma Sympla. Outras informações aqui.

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