A 2ª edição da Mostra de Cinema Israelense ficará disponível de 27 de julho a 2 de agosto, on-line e gratuitamente para todo o Brasil, na plataforma Sesc Digital. Realizado pelo Instituto Brasil-Israel (IBI) e o Sesc São Paulo, o evento tem apoio do Consulado Geral de Israel em São Paulo.
Neste ano, a seleção reúne dez filmes, entre curtas, médias e longas-metragens de ficção e documentários. Os filmes fazem um recorte curatorial específico: todos são dirigidos por mulheres, apresentando um olhar feminino e subjetivo sobre uma temática contemporânea, a partir da perspectiva israelense, abarcando questões políticas, críticas sociais, utopias, vivências LGBTQIAP+, memória, tempo e família.
Mostra de Cinema Israelense
“Durante muitos anos, as mulheres desempenharam um papel secundário no cinema israelense, com pouca voz própria e limitadas principalmente a um olhar masculino, tendencioso e sexista”, diz Morris Kachani, diretor-executivo do IBI. Ele explica que, agora, o cinema israelense começou a criar novas formas de representação feminina, “centradas em narrativas subjetivas complexas que se concentram na vida das mulheres israelenses e no que as torna tão distintas”.
Um dos destaques da mostra é o filme “Kiss me Kosher” (2020), de Shirel Peleg e inédito no Brasil. Baseado na história real de amor vivida pela diretora israelense com sua parceira alemã, o filme terá também uma sessão presencial no Cinesesc de São Paulo para marcar o início da mostra, Depois disso, ele ficará disponível on-line.
Roni Elkabetz
A programação da Mostra de Cinema Israelense de 2023 também traz um espaço especial de retrospectiva que homenageia a atriz e diretora Ronit Elkabetz (1964–2016).
Durante duas décadas e meia, Ronit Elkabetz foi a primeira-dama do cinema israelense. O sucesso internacional de Elkabetz a incentivou a buscar sua verdadeira vocação, desenvolvida durante sua carreira como atriz: dirigir sua própria história. Ela e seu irmão Shlomi criaram uma trilogia semiautobiográfica, baseada nas experiências matrimoniais de sua mãe.
A trilogia, que estará disponível na mostra, discute a opressão social vivida por mulheres em comunidades judaicas de origem marroquina e culmina com a vontade de Viviane (Ronit) de se separar e o tribunal rabínico não concedendo o divórcio.
Serviço
Mostra de Cinema Israelense, de 27 de julho a 2 de agosto, on-line e gratuita, na plataforma do Sesc Digital (aqui).
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