A revista ISTOÉ, edição 2771, da semana passada, traz como assunto de capa As maquinações de Bolsonaro na Receita Federal, posto que ele “usava o governo para interesses particulares”. Com foto do ex-presidente tentando esconder o rosto, temos que, “para tentar receber as joias retidas na alfândega, o ex-presidente pressionou o Fisco em pelo menos 8 ocasiões e demitiu servidores que barravam a liberação da carga milionária para uso pessoal. O escândalo mostra como ele seguidamente interferiu no órgão para seus interesses familiares, inclusive escondendo os notórios casos das rachadinhas e transformando-o em arma política ao violar sigilos fiscais para perseguir adversários”.
E tem mais, por conta da reportagem assinada por Marcos Strecker e Pedro Marcondes:
– Joias milionárias (no valor de mais de R$ 16,5 milhões) que Bolsonaro diz não ter pedido, mas que seus auxiliares tentaram pelo menos oito vezes reaver no Fisco na base da carteirada e da intimidação jogam luz sobre como ele transformou a Receita em uma máquina de servir a seus interesses, acobertar suspeitas sobre a família e perseguir seus adversários.
Parceiro ganha cargo em Paris
No editorial, assinado por Carlos José Marques, com o título Lições da muamba de Bolsonaro, temos que, “até na véspera de sua partida como fujão rumo aos EUA, nos últimos dias do cargo ele buscou reaver o “presente”. Foram ao menos oito tentativas”. E Bolsonaro chegou a destituir um funcionário da Receita que estava barrando sua carteirada e colocou no lugar um auditor que fez o possível e o impossível para atender a demanda do padrinho – sendo depois agraciado com um cargo em Paris pelos serviços prestados.
Trambiqueiro? Aquele que vive de fazer trambiques, negócios fraudulentos; trapaceiro, vigarista. Quem busca enganar outra pessoa com vigarices; enganador, golpista.