Quando o Nilo é muito mais do que um rio 

O NILO – A história de um rio, de Emil Ludwig, lançado décadas atrás, continua na lista de obras para ler, guardar, recomendar – ou presentear amigos

Um livro, ou muito mais do que um livro, de 636 páginas, com fotos e mapas anexos – foi lançado pela Editora Globo, 5ª edição, 1948 – título original: Der Nil – Libenslauf Eines Stromes, com tradução de Marina Guaspari, e dedicado a Elga Ludwig, a africana, esposa do escritor.  

Emil Ludwig, pseudônimo de Emil Cohn, foi um escritor de ascendência judaica, entre os mais destacados historiadores alemães. Ludwig acredita, como Carlyle, que “os povos não têm missões e que a grande história sempre é criação das grandes individualidades”. Nasceu no dia 25 de janeiro de 1881, em Breslávia, Polônia; faleceu no dia 17 de setembro de 1948, em Ascona, Suíça.   

Bacia hidrográfica de 10 países 

Caudaloso, o Rio Nilo corre no continente africano e sua bacia hidrográfica abrange 10 países: Egito, Etiópia, Uganda, Ruanda, Burundi, Quênia, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia, República Democrática do Congo. 

Situado no nordeste da África, é o rio de maior extensão do mundo com aproximadamente 7 mil quilômetros. Sua nascente é em Uganda, e sua foz é no Mar Mediterrâneo. Parte do rio Nilo passa pelo Deserto do Saara.  Ele nasce da confluência de dois rios: Nilo Branco e o Nilo Azul, e sua bacia hidrográfica abrange cerca de 3 milhões de km², sendo utilizado como fonte de energia elétrica através do represamento de suas águas. A usina hidroelétrica de Assuã, construída em 1971, possui grande importância na região. 

Fertilizando o solo e irrigando planícies 

O rio apresenta grande irregularidade em seu volume de água e nos períodos de cheias (junho a setembro) fertilizam suas margens com os húmus (matéria orgânica) e irrigam as planícies que o circundam. Todavia, seu regime natural de cheias foi alterado desde a construção da hidrelétrica de Assuã. 

Para os egípcios, o rio Nilo era sagrado. Algumas histórias bíblicas de Moisés citam o rio Nilo. Desde a antiguidade, teve papel preponderante na construção de diversas civilizações, com muitas populações em suas margens. E sua existência permitiu o desenvolvimento da civilização egípcia, visto que maior parte do território está em regiões desérticas. Próximo ao rio, as pessoas viviam da pesca e da agricultura (sobretudo cultivo de cereais) garantidas pelas cheias do Nilo, que favoreciam a fertilização do solo. 

Tornando fértil o solo 

Sua existência permitiu o desenvolvimento da civilização egípcia, já que maior parte do território está em regiões desérticas. Próximo ao rio, eles viviam da pesca e da agricultura (sobretudo cultivo de cereais) garantida pelas cheias do Nilo, que favoreciam a fertilização do solo. 

Além da agricultura, o rio Nilo foi uma das mais importantes fontes de água para os egípcios e, ainda, permitiu a intensificação do transporte (de pessoas e de mercadorias) e do comércio na região.  

O livro tem como temas a geografia, geografia geral, e inclui mapas em p&b anexos no final do livro. 

Os impactos do turismo 

O turismo é uma das atividades muito apreciada por diversos estrangeiros. Entretanto, o impacto dessa atividade na região por meio da expansão de hotéis flutuantes, tem gerado muita poluição e perda da biodiversidade local. A região do rio Nilo apresenta grande biodiversidade com diversas espécies de peixes, aves, répteis. O animal que merece destaque é o crocodilo do Nilo, um dos maiores do planeta. 

Parte do Nilo é cercada por florestas tropicais, com grande variedade de espécies vegetais, árvores de grande e médio porte. Destacam-se as seringueiras, bananeiras e bambus. À medida que se aproxima da região desértica a vegetação torna-se mais escassa. 

O turismo é uma das atividades muito apreciada por diversos estrangeiros. Entretanto, o impacto dessa atividade na região por meio da expansão de hotéis flutuantes, tem gerado muita poluição e perda da biodiversidade local. 

Fauna e Flora exuberantes 

A região do rio Nilo apresenta grande biodiversidade com diversas espécies de peixes, aves, répteis. O animal que merece destaque é o crocodilo do Nilo, um dos maiores do planeta. Parte do Nilo é cercada por florestas tropicais, onde há grande variedade de espécies vegetais, com árvores de grande e médio porte. Destacam-se as seringueiras, bananeiras e bambus. Aproximando-se da região desértica a vegetação torna-se mais escassa. 

Emil Ludwig foi um dos mais assinalados historiadores alemães. Ludwig acreditava, como Carlyle, que os povos não têm missões e que a grande história sempre é criação das grandes individualidades. Nasceu no dia 25 de janeiro de 1881, em Breslávia, Polônia; faleceu no dia 17 de setembro de 1948, Ascona, Suíça.  Obras traduzidas: Colóquios com Mussolini (Porto Alegre, Globo ed., 1932); Beethoven (Aster Editora, 1978); Goethe, História de um Homem (Porto Alegre, Globo ed., 1949); Napoleão (Círculo de Leitores Editora, 1974); O Mediterrâneo: destino de um oceano, obra prima (Rio de Janeiro, Olympio Editora, 1933). O Nilo, a História de um Rio (Porto Alegre, Globo ed., 1937). Der entzauberte Freud (Freud desmascarado, Rio de Janeiro, Olympio Editora, 1948). 

A importância da leitura 

– A memória é o essencial, visto que a literatura é feita de sonhos e os sonhos fazem-se combinando recordações.  

Jorge Luís Borges (1899-1986)

– A verdadeira universidade está numa boa biblioteca.  

Thomas Carlyle (1795-1881)  

– Por vezes ganhamos mais experiência com o que lemos do que com o que vemos.  

Miguel de Cervantes (1547-1616

PS: o livro veio de um mimo, como diria o amigo Paulo Mercer, uma cordialidade dos também amigos João e Pryscilla – sem esquecer a Nina, o adorável cãozinho que acompanha o casal amigo…  

Sobre o/a autor/a

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