E temos um Papa desconcertante – no bom sentido 

Mesmo não sendo católico, não dá para ignorar a importância de quem batalha por um mundo feliz, livre de dogmas, preconceitos e politicagens

Quem mereceu ser assunto de capa da revista Carta Capital desta semana, até surpreendendo alguns leitores, foi um “reformador revolucionário”, isso mesmo, o Papa Francisco – depois de ter sido arcebispo de Buenos Aires. Ele mesmo – 10 anos de pontificado. E temos, em texto de Mino Carta, Por uma nova Igreja:  

– Na acertada contramão do polaco Wojtyla, Francisco visa a coincidência com o mundo feliz, livre de dogmas e preconceitos.  

E não poucos, em Curitiba, voltaram no tempo, quando o Papa fez questão de mandar uma mensagem para Lula, então preso em Curitiba, que foi proclamada Republica de Curitiba, um tremendo blefe – ou muito pior, posto que criminoso por seus objetivos. 

Lula, que poderia deixar o país, não fugiu da raia. Quem não deve não teme, ao contrário do presidente da gripezinha, que se mandou para os EUA e, ignorando o badalado Tio Sam, continuou aprontando.  

Resultado: Lula permaneceu por nossas bandas por 580 dias, até ser libertado em abril de 2018.  

Pastores com cheiro de ovelha 

Voltando ao papa (que chegou a ser tachado de comunista por nossas bandas) e ao texto da Carta Capital

– Substituto de Joseph Ratzinger, papa Bento XVI, que renunciava ao cargo, Francisco, ex-arcebispo de Buenos Aires, disse, de saída, que queria “pastores com cheiro de ovelha” e logo provou sua vocação de reformador da Igreja Católica. Esclarece Roberto Regoli, professor da Pontifícia Universidade Gregoriana: “O papa introduziu no seu discurso alguns assuntos centrais das democracias ocidentais, como meio ambiente, educação e Direito. Entre outras medidas imediatamente tomadas, Francisco aboliu o sigilo pontifício, utilizado por autoridades eclesiásticas nos casos de abusos sexuais de menores, praticados nas mais diversas instâncias da hierarquia católica”. 

Ainda da revista, sobre o mesmo assunto, temos o texto de Sergio Lírio, cujo título diz tudo: Francisco, el hombre. Primeiro não europeu e primeiro jesuíta a ocupar o posto, o argentino abraça a missão de reformar a Cúria Romana.  

E ressalta, nas últimas linhas: 

– A agenda de compromissos, no entanto, continua cheia. O futuro, como repetem os cristãos, a Deus pertence.  

Sobre o/a autor/a

Compartilhe:

Leia também

À minha mãe

Aos 50 anos, a vida teve a ousadia de colocar um tumor no lugar onde minha mãe gerou seus dois filhos. Mas ela vai vencer

Leia mais »

Melhor jornal de Curitiba

Assine e apoie

Assinantes recebem nossa newsletter exclusiva

Rolar para cima