E ele entrou para a história – por terríveis motivos 

Não bastasse a tal gripezinha, Bolsonaro ignorou por 4 anos os pedidos de socorro na área de saúde dos Yanomamis, maior reserva indígena do país, em Roraima

Sobre os indígenas americanos, ameríndios ou ainda índios americanos, temos vale citar o registro de uma edição da Revista Civilização Brasileira, que circulava com o formato de livro. 

  – São os habitantes indígenas da América antes da chegada dos europeus, e os seus descendentes atuais. Seus ancestrais vieram da região do Nordeste da Ásia e chegaram à América há aproximadamente 20 mil anos, provavelmente pela travessia a pé da massa de terra da Beríngia, onde atualmente está o Estreito de Bering. 

– O termo índio provém do fato de que Cristóvão Colombo, quando chegou à América, estava convencido de que tinha chegado à Índia, uma vez que o gentílico em espanhol para a pessoa nativa da Índia é índio e, dessa maneira, chamou os povos indígenas que ali encontrou. Por essa razão também, ainda hoje se refere às ilhas do Caribe como Índias Ocidentais. Mais tarde, estes povos foram considerados uma raça distinta e também foram apelidados de “peles vermelhas”. 

E não é de hoje 

De lá para cá, avançando no tempo: o neofascismo de Jair Bolsonaro, porém, é a negação dos Direitos Humanos e, por extensão, da Constituição Cidadã promulgada em 1988. E não é de hoje que o ex-deputado do baixo clero, com obscuras ligações com a milícia carioca, manifesta hostilidade e intolerância em relação aos índios. Um discurso que pronunciou na Câmara Federal em 15 de abril de 1998, quando ainda integrava a bancada do PPB (atual PP), foi adornado com a seguinte pérola: “A cavalaria brasileira foi muito incompetente. Competente, sim, foi a cavalaria norte-americana, que dizimou seus índios no passado e hoje em dia não tem esse problema em seu país”. 

Pode parecer fake news, mas não é. O inacreditável conteúdo foi publicado no Diário Oficial da Câmara no dia seguinte. 

E também merece registro – Do Estúdio i da Globo News

– Em finais dos anos 1980, foi consagrado no Brasil o direito dos povos indígenas às suas terras de ocupação tradicional para atividades produtivas e para a reprodução cultural dos seus costumes e tradições. Segundo dados oficiais da Funai – Fundação Nacional do Índio -, existem atualmente 462 terras indígenas regularizadas – territórios de ocupação indígena que cumprem os requisitos técnicos e legais estabelecidos na Constituição federal de 1988 –, sendo inalienáveis e imprescritíveis. 

A crise de saúde na Terra Yanomami, em Roraima, começou no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que passou 4  anos ignorando os pedidos de ajuda das comunidades indígenas da região. A denúncia foi feita pelo líder indígena Junior Hekurari, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami. 

Maior reserva indígena do Brasil em extensão territorial, a Terra Indígena Yanomami está no centro das discussões políticas e de saúde nacional em razão da grave crise sanitária, com registros de casos malária e desnutrição severa em adultos, principalmente, entre crianças. O problema é causado pelo avanço do garimpo ilegal, que, em um ano, aumentou 46% no território. 

Em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews,  no dia 24 do mês passado, temos a denúncia feita pelo líder indígena Junior Hekurari, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami. 

 – Foram enviados mais de 60 pedidos de auxílio ao governo Bolsonaro e todos foram ignorados. O povo passou quatro anos sofrendo. O governo atual reconheceu essa tragédia que dura 4 anos. Muita gente, muitas crianças morreram de malária e desnutrição. 

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