De fato – algo para lamentar e nunca esquecer    

Lula preso na tal República de Curitiba agora motiva a criação do Museu da Lava Jato, para manter viva a memória desse e outros desmandos

A revista Carta Capital desta semana traz como assunto de capa o que bem classificou já no título: Jogo sujo: “Atrás nas pesquisas, Bolsonaro e aliados ressuscitam uma delação premiada de Marcos Valério na tentativa de ligar o PT e Lula ao PCC”. E a matéria, assinada por André Barrocal, recebeu o título Operação baixaria, destacando que “as notícias requentadas indicam: as eleições de 2022 tendem a ser tão baixas quanto a disputa de 2018”.  

Mas, principalmente por nossas bandas, o que fisgou o leitor de imediato, na página 34, foi Para nunca esquecer, texto de René Ruschel – realmente, para ler, recomendar e arquivar.  

– O Museu da Lava Jato, em plena “República de Curitiba”, vai manter viva a memória dos desmandos de Moro & Cia. “Relembrar para que nunca mais aconteça” é o tema do Museu da Lava Jato, inicialmente em uma versão na internet, na terça-feira, dia 12. A escolha da data não é aleatória. Em 12 de julho de 2017, o então juiz Sergio Moro proferiu a primeira sentença contra o ex-presidente Lula no processo do triplex do Guarujá. O idealizador do projeto é o advogado e professor Wilson Ramos Filho, o Xixo.  

– Embora um trabalho sem prazo de conclusão, tendo em vista o volume estratosférico de ações movidas sob o rótulo Lava Jato, o museu pretende, no futuro, catalogar todos esses procedimentos. Não apenas os criminais, mas também as ações cíveis, trabalhistas, administrativas e ambientais. Além disso, muitas ações judiciais encontram-se sob segredo de Justiça, em especial as delações premiadas, o que prejudica o acesso a algumas informações relevantes para os pesquisadores.

O processo jurídico referente ao tríplex do Guarujá até o grau de apelação, se impresso, totalizaria mais de 20 mil páginas. O trabalho de pesquisa começou em janeiro, envolvendo 14 profissionais, entre historiadores, advogados, professores, jornalistas e fotógrafos. Tudo para manter viva a memória dos desmandos de Moro & Cia, como ressalta a revista.  

PS: a justiça tarda, mas não falha.  

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