Depois de passar um longo tempo longe da capital, há quem retorne e sorria – e não apenas por rever o Teatro Paiol repintado, mas ainda de pé. Passo seguinte, mas muitas quadras adiante, posto que ao volante de seu carro, o nosso amigo seguiu para o Juvevê, certamente para rever os amigos no Bar Luzitano. Horas depois, após fazer um lanche regado a Coca-Cola (“se beber, não dirija”), tomou o rumo de casa.
E, no caminho, mais precisamente na Rua Campos Sales, quase esquina com a Rua Deputado Mario de Barros, voltou a ficar meio desconcertado com um baita painel, voltou porque já tinha acontecido antes:
– Box do Brilho/Personal car/serviços automotivos/higienização automotiva/centro de estética automotiva.
– Lavagens: premium/ descontaminação de pintura/polimentos simples, técnico/e farol – higienização: motor, banco, tetos – hidratação banco de couro – revitalização dos plásticos – ceras/selantes – que garantem a vedação das juntas.
E, novamente, ficou meio desconcertado, até porque higienização deriva do grego hygieiné, saúde.
Já com seus botões, tentou matar a charada:
– Trata-se de psiquiatria automotiva…
Mas, nada a ver. Ou pouco a ver. Basta lembrar que, antes do petshoplugar de cachorro era o fundo do quintal – e numa casinha de madeira, apesar do frio e das chuvas em Curitiba.