Hipertensão exige tratamento precoce e mudanças nos hábitos de vida

A hipertensão é um grave problema de saúde pública no Brasil

O diagnóstico de pressão alta de dona Conceição Aparecida Tomé Alves, mais conhecida como dona Lúcia, 65 anos, moradora de Nova Mamoré, exigiu mudanças de hábitos. Desde 2009, quando identificou a doença, ela passou a tomar uma série de cuidados para evitar problemas mais sérios como o derrame vascular cerebral (AVC). “Evito o sal a pedido do médico. Também faço chás caseiros ou como pepino ou maxixe que também ajuda no controle. Quem tem pressão alta tem que ter cuidado tanto com notícias tristes ou alegres, pois de qualquer forma nos afeta. Procuro descansar e evitar ficar muito exposta ao sol e também tomar banho natural, pois contribui para a normalização da pressão”, comenta.

As elevadas taxas de incidência de hipertensão arterial no Brasil, cerca de 30% da população, constituem grave problema de saúde pública. De acordo com o Ministério da Saúde a doença saltou de 22,6% em 2006 para 26,3% em 2021. O crescimento de casos tem atraído a atenção de entidades como a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) e está ligada a um ritmo de vida mais intenso e hábitos alimentares inadequados. A entidade diz que se trata de uma enfermidade silenciosa que, se não tratada, pode causar danos irreparáveis à saúde. A grande maioria dos casos é de natureza primária, sem causa conhecida e deve ser tratada na fase inicial.

O médico Wagner Mascarenhas, pós-graduado em cardiologia médica intensiva e medicina da família, fala sobre os cuidados: “Pressão alta ou hipertensão está entre as doenças cardiovasculares que mais mata no mundo e no Brasil. 65% de indivíduos com mais de 60 anos vão apresentar hipertensão arterial. Para evitar a hipertensão, é importante praticar no mínimo 75 minutos de atividades físicas vigorosas por semana. Evitar gordura, bebidas alcoólicas, sedentarismo. Tudo isso contribui para que você tenha um melhor nível pressórico”, conclui o médico.

Bradly Cristian Ferreira Fochesatto, da Coordenação da Ação Básica a Saúde do município de Nova Mamoré, Rondônia, comenta como é o trabalho com os hipertensos: “Eles têm o primeiro contato com o agente comunitário de saúde e ali são identificados. A equipe vai fazer a visita domiciliar acompanhados dos médicos e enfermeiros. Ali o médico faz a consulta e dá a receita da medicação hipertensiva. A própria equipe já leva a medicação para os pacientes.” Fochesatto acrescenta ainda que o acompanhamento de hipertensos deve ser constante.

Orientação: Professor Guilherme Carvalho

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