Três deputados podem herdar presidência com o fim da Era Traiano

Alexandre Curi é visto como favorito na disputa pela Presidência da Assembleia Legislativa do Paraná

Com a revelação de que o deputado Ademar Traiano (PSD) recebeu uma propina de R$ 100 mil para renovar um contrato entre a TV Icaraí, de Joel Malucelli, e a TV Assembiela, a avaliação dos deputados estaduais é de que não há clima para uma nova reeleição de Traiano para a Presidência do Legislativo. Sendo assim, a expectativa passa a ser quanto a quem ocupará o vácuo: a eleição para a Mesa Diretora deve ocorrer no final de 2024, mas os possíveis candidatos se movimentam desde já.

A maior probabilidade é de que a Presidência da Assembleia acabe nas mãos do atual primeiro-secretário, Alexandre Curi (PSD). Neto do ex-deputado Anibal Khoury, que comandou a Assembleia por cinco mandatos, Alexandre é tido como o mais hábil articulador entre os deputados. Não esconde de ninguém que, depois de ter se livrado dos processos relativos aos Diários Secretos, pretende alçar voos mais altos, quem sabe disputando uma eleição majoritária em 2026.

Uma segunda possibilidade seria a ascensão de Marcel Micheletto (PL). Igualmente vindo de um clã de políticos, Marcel é filho do falecido deputado federal Moacir Micheletto e atualmente é vice na chapa comandada por Traiano. Caso o atual presidente fosse cassado ou renunciasse, ele assumiria um mandato-tampão e suas chances de ser eleito, já estando no cargo, aumentariam bastante. No entanto, dificilmente a renúncia virá.

Outro deputado que já demonstrou interesse em ser presidente em outros momentos é Hussein Bakri (PSD), que hoje ocupa o posto de líder do governo Ratinho Jr. (PSD) na Assembleia Legislativa. A proximidade com o governador, que parece confiar integralmente em Hussein, seria um fator importante a seu favor.

O contrário ocorre com o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD). Embora fosse um nome natural para a disputa, o experiente Romanelli, que já foi líder de dois governos e primeiro-secretário, tem o veto de Ratinho em função de suas posições contundentes na questão do pedáigo.

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