A vitória em um processo judicial no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta (7), praticamente garantiu que Ademar Traiano (PSD) terá um quinto mandato como presidente da Assembleia Legislativa do Paraná. O julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pelo PDT terminou com a decisão de que é possível a reeleição para quem foi eleito pela última vez para o cargo ainda em 2020.
A disputa na Justiça começou porque o STF vem adotando o entendimento de que presidentes de Legislativos estaduais só podem ter uma reeleição. No entanto, os ministros do Supremo vêm recebendo ações de vários estados, e a jurisprudência aponta que isso só passou a ser obrigatório em abril de 2021, com a publicação de um acórdão sobre o tema.
Traiano tem como se reeleger porque na última reeleição adiantou a data da votação em seis meses. Ao invés de deixar a escolha do novo presidente para 2021, como seria normal, alegando que a pandemia poderia impedir um processo eleitoral em boas condições na data certa, antecipou tudo para agosto. Assim, teve o mandato no cargo renovado antes da publicação do acórdão do STF.
Com a decisão de agora, Traiano é visto como candidato certo ao quinto mandato. Provavelmente terá como primeiro-secretário Alexandre Curi (PSD), que após se livrar de todos os processos ligados aos Diários Secretos pretende pela primeira vez em 12 anos voltar a ser candidato à Mesa Diretora.