Os deputados estaduais do Paraná estão de olho num julgamento do Supremo Tribunal Federal que pode decidir quem será o próximo presidente da Assembleia Legislativa. Ademar Traiano (PSD), que já está no cargo há uma década, talvez tenha uma chance de concorrer ainda mais uma vez – seria seu sexto mandato consecutivo.
O STF já decidiu que as reeleições consecutivas estão proibidas. Mas há uma dúvida se o pessoal que se elegeu em 2023 ainda poderia concorrer uma última vez antes de largar o osso. O acúmulo de poder por parte de Traiano ao longo de cinco mandatos no Paraná está servindo inclusive de argumento para que isso não aconteça.
Ate agora, Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia, os dois ministros que já se pronunciaram, votaram contra a reeleição dos que tomaram posse no ano passado. Mas ainda são necessários pelo menos mais quatro votos para formar maioria.
Caso Traiano seja declarado inelegível antes de se candidatar, provavelmente Alexandre Curi (PSD), hoje primeiro-secretário, será seu sucessor. Mas existe a chance de a eleição ocorrer e o STF julgar o caso depois, o que deixaria tudo mais imprevisível.
Há quem diga que nesse caso quem poderia se beneficiar é a oposição a Ratinho Jr. (PSD), que estaria desde já mexendo seus pauzinhos para colocar algum nome amigo na composição da Mesa no ano que vem.
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