Empresário anuncia ressurgimento do Porto de Pontal e fala em acordo com Ratinho

João Carlos Ribeiro diz que porto, que causaria devastação em área de Mata Atlântica, deve ser retomado pelo governo

Depois de passar um bom tempo esquecido, o porto de Pontal do Paraná pode estar ressurgindo. O empresário João Carlos Ribeiro, principal arquiteto da ideia do porto, deu entrevista afirmando que já haveria um acordo com o governo Ratinho Jr (PSD) para aprovar um novo formato para a Linha de Infraestrutura do Litoral – o projeto que viabiliza o porto.

No lançamento de um empreendimento imobiliário de seu grupo, Ribeiro, conhecido por ser dono de grande parte das áreas de Pontal, disse que o projeto nunca foi para frente em mais de duas décadas porque havia “problemas políticos” com ele. Mas que agora, como ele vendeu o projeto para terceiros, tudo andaria mais rápido.

O empresário disse na entrevista à Folha do Litoral que acreditava na aprovação do novo formato ainda neste ano – no entanto, os deputados estaduais não só dizem não ter recebido op projeto como apostam que neste ano não aconteceria uma votação dessa importância, agora que restaram apenas sessões virtuais até o fim da legislatura.

Leia mais: Um porto em meio a um mar de polêmicas

De acordo com Ribeiro, a ideia do governo agora seria apostar em financiamento privado para a estrada ligando a sede de Pontal ao porto. Sem a estrada, estimada em R$ 300 milhões, o porto não faria sentido. Na gestão de Beto Richa (PSDB), o projeto chegou a ser anunciado com investimentos do próprio governo, mas nunca foi adiante.

Porto e desmatamento

O projeto da Linha de Infraestrutura e do porto é marcado por polêmicas. A estrada de 20 quilômetros exigiria o desmate de uma área intocada de Mata Atlântica, além de cruzar duas aldeias indígenas e uma comunidade tradicional. Haveria prejuízos para fauna, flora e até para o oceano. Quem é favorável defende o desenvolvimento econômico como principal motivação para o porto.

Em janeiro deste ano, Ribeiro, que insiste no projeto há mais de duas décadas, vendeu o projeto do Porto para a Vinci Partners, que agora deve ser a responsável pela implantação, caso venha a acontecer.

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