O deputado Tito Barichello (União) subiu à tribuna nesta quarta-feira (15) para defender policiais militares investigados por matar oito pessoas no ano passado em uma operação feita supostamente para confrontar membros do PCC. De acordo com o deputado, que até o ano passado era delegado da Homicídios e que se elegeu com um discurso policialesco, da maneira como as coisas vão “os heróis que nos protegem enquanto dormimos” não estão podendo trabalhar.
O grupo de policiais foi afastado depois que uma investigação do Gaeco apontou suspeitas na ação da Rone. Os 12 mortos foram baleados em duas regiões diferentes de Curitiba por PMs que teriam uma informação sobre um possível homicídio que seria cometido numa guerra entre diferentes facções criminosas.
No mesmo dia em que fez mandados de busca e apreensão para investigar essas mortes, o Gaeco também determinou investigações contra outros PMs que mataram pessoas supostamente em situação de confronto. No total, 19 policiais foram afastados de suas funções e, em tese, poderiam ser julgadas pelo Tribunal do Júri.
Os números de mortes pela polícia no Paraná são preocupantes. Só em 2021, a polícia paranaense matou 408 pessoas. Em sete anos, entre 2015 e 2021, foram mais de 2,2 mil mortos – e o número vem crescendo ano a ano.
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