O senador Alvaro Dias (Podemos) e o governador Ratinho Jr. (PSD) continuam jogando pressão um sobre o outro, faltando cerca de dez dias para o fim das convenções deste ano. Nesta segunda (25), depois de mais uma reunião em que nada foi decidido, Alvaro adotou uma política de silêncio sobre sua possível candidatura ao governo.
O impasse surge porque Alvaro faz questão de ser o candidato ao Senado pela chapa de Ratinho. Para isso, o governador precisaria rifar dois outros pré-candidatos ligados a ele. Um é Paulo Martins (PL), nome defendido por Bolsonaro. O outro é Guto Silva (PP), ex-chefe da Casa Civil de Ratinho e aliado de Ricardo Barros (PP).
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A carta que Alvaro mantém na manga é uma ameaça: se Ratinho não apoiar sua candidatura, ele pode desistir de sair para o Senado e virar concorrente na disputa pelo governo. Para aumentar a pressão, Alvaro adiou a convenção do Podemos para o último dia previsto pelo calendário eleitoral.
Ratinho não quer ceder a Alvaro, mas por outro lado sabe que uma candidatura forte a mais pode complicar sua reeleição. Hoje, o único oponente sério de Ratinho parece ser Roberto Requião (PT), que sozinho dificilmente teria forças para levar a eleição para um segundo turno. Com Alvaro na eleição, a coisa muda.
Questionado nesta segunda pelo Plural, Alvaro disse que não é hora de decidir ainda. “Nossa convenção foi adiada para dia 5. Até lá, silêncio”, foi o único comentário do senador para a reportagem.
No Palácio Iguaçu, pouca gente leva a sério a ameaça de Alvaro de disputar o governo. Mas o senador de fato faz movimentos como se estivesse indo nessa direção, conversando com outros partidos e inclusive cogitando aliança com outros candidatos ao Senado, como Sergio Moro (União) e Orlando Pessuti (MDB).
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