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Histórias de praça

Por ali Francisco passava as tardes com dona Áurea, que andava muito doente das pernas e pouco a pouco da cabeça. Duas vezes por dia, pontualmente às oito e às seis da tarde, ele estava ali para fazer a varredura, pelo minucioso prazer herdado dos ancestrais japoneses: colocar as coisas em ordem, como se a ordenação da beleza fosse uma forma de se ter com Deus

Ana Eduarda Diehl

Cidade submersa

Desde sempre moramos na beira do rio. Não é que não aprendemos a lição. É que o rio dá de comer e alegria pros meninos daqui. Sou filho e neto de pescador. Sou pequeno, mas tenho minha própria jangada. Tinha

Ana Eduarda Diehl