Vinho falso apreendido em São José era feito com álcool de cozinha. Veja os efeitos para a saúde

A Polícia Civil apreendeu na quarta passada (2) uma carga de mais de 4 mil litros de falso vinho, que seria distribuída por bares e restaurantes de São José dos Pinhais. Embora fosse apresentado como “vinho colonial”, na verdade se tratava de uma mistura de álcool de limpeza com resíduos comprados de vinícolas. Segundo a polícia, o responsável pela indústria, que foi preso por crime contra a saúde pública, podia produzir até dois mil litros da bebida por dia.

O falso vinho era altamente tóxico, mas segundo o delegado Fábio Machado dos Santos, de São José dos Pinhais, responsável pela prisão, o dono do galpão negou que a sua “fórmula” fosse um problema. “Eu perguntei se ele sabia que aquele tipo de álcool não pode ser ingerido, que não serve para consumo humano, mas ele me respondeu que achava que o álcool que ele usava era ‘puro’ e que não fazia mal”, diz o delegado.

O álcool de limpeza é diferente do álcool usado para a fabricação de bebidas, e entre outras coisas pode levar à cegueira em caso de ingestão. Outras doenças, principalmente no fígado, podem decorrer da ingestão de álcool de cozinha. É o caso da hepatite, por exemplo. Isso sem falar em outros sintomas como dores de cabeça e enxaquecas.

De acordo com o delegado, não havia nenhuma “receita” no local, e o dono do galpão disse que ele mesmo ia bebendo a produção até descobrir quando estava “no ponto”. “Não tinha nenhum processo de fermentação, então claro que não era vinho”, diz o delegado. O homem foi preso pela fabricação de falsa bebida. As duas funcionárias que faziam o envase foram liberadas.

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Redação Plural.jor.br

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