Transporte coletivo de Curitiba acumula R$ 70 mi em déficit

Aumentos na tarifa técnica apontam para tarifa acima de R$ 7 em 2024 e aportes de mais de R$ 200 mi em 2023

A cidade de Curitiba pagou às concessionárias do transporte coletivo R$ 7,3224 de tarifa técnica por passageiro no mês de abril. Entre janeiro e abril, o valor pago por passageiro às empresas de ônibus ficou, em média, em R$ 7,57, o que representa um total acumulado de diferença entre o valor arrecadado com as passagens e o valor real pago às empresas de R$ 70,2 milhões. Segundo a Lei Orçamentária Anual de Curitiba, a previsão de recursos para “Aporte para o Equilíbrio Tarifário” era de R$ 60 milhões.

Na configuração atual, o sistema curitibano arrecada cerca de R$ 60 milhões por mês e gasta R$ 80 milhões para transportar 10 milhões de passageiros.

Se continuar nesse ritmo, o sistema de transporte coletivo de Curitiba chegará ao fim do ano com déficit de R$ 210 milhões, o equivalente a cerca da metade do total a ser gasto no ano, pela prefeitura, com o pagamento dos salários de servidores da rede de escolas do Ensino fundamental do município.

Tarifa técnica do transporte

Os documentos da Urbs sobre a definição da tarifa técnica mostram que o custo real do transporte registrou um aumento significativo em fevereiro, quando chegou a R$ 8,36. Depois de uma retração em março, o valor voltou a ultrapassar os sete reais em abril.

Esse comportamento, se mantido, deve selar além de aportes cada vez maiores do Município para o sistema, a necessidade de um aumento em 2024 para uma tarifa acima de R$ 7.

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4 comentários em “Transporte coletivo de Curitiba acumula R$ 70 mi em déficit”

  1. Enquanto essa mamata e essa máfia não acabar sempre o povo vai se ferrar com essa urbs com esses empresários mafiosos junto com a prefeitura cadê a CPI tão falada que iria investigar isso se calaram ah já sei resolveram ganhar um pouco da boquinha né.

  2. Até quando vamos fingir que acreditamos no valor da tarifa tecnica como resultado do custo real da passagem, se não há controle
    efetivo de custos pela URBS?
    De todos os itens que lançam nos custos sem controle, só vou mencionar um que pesa 20% na tarifa, o consumo de combustível. Não há controle porque a URBS em 2013, a URBS confirmou ao afirmar que custa muito caro a tecnologia para medir a entrada de combustível nos tanques dos ônibus. Sem controle e fácil manipular custos, daí Curitiba ter a tarifa mais cara do Brasil.

    1. Rosiane Correia de Freitas

      Oi Lafaiete, concordo plenamente. Mas acho que o caminho é justamente forçar um aumento da transparência, que é o que estamos fazendo tornando públicos esses valores. Rosiane

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