Trabalhadores da Cohapar podem entrar em greve em agosto

Paralisação está marcada para começar dia 2 de agosto; entidades cobram o pagamento das diferenças retroativas e reajustes do vale alimentação e salário

Os trabalhadores da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) aprovaram indicativo de greve e podem paralisar as atividades em agosto. A decisão foi tomada em assembleia dos funcionários e comunicada à empresa em reunião mediada no Ministério do Trabalho, na última quarta-feira (20). 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas, e em Empresas Prestadoras de Serviços do Paraná (Sindaspp), Ivo Petry Sobrinho, os funcionários estão desde 2020 sem negociação salarial e correção de benefícios, como o vale-alimentação.

“Já tem uma defasagem, um desgaste, há muito tempo. A diretoria sinaliza possibilidade de negociar depois da eleição, mas não dá porque não são apenas questões que estamos reivindicando, é o cumprimento de convenções coletivas de trabalho. Não se trata de negociar, e sim cumprir o que tem que ser cumprido segundo a Lei”, afirma Sobrinho.

Segundo o informativo divulgado pelas entidades sindicais da categoria na quinta-feira (21), os funcionários cobram o cumprimento imediato do reajuste da Convenção Coletiva de Trabalho 2020/2021, que soma 2,05%; pagamento retroativo do reajuste da convenção 2021/2022 de 8,9%; vale refeição no valor de R$1.200; diárias de alimentação para viagens no valor de R$ 40; equiparação dos benefícios de auxílio creche e auxílio graduação com o benefício de alimentação; redução de carga horária para atendimento à pessoas com deficiência; seguro de responsabilidade civil profissional; entre outros.

Caso a Cohapar não apresente uma contraproposta que contemple os prejuízos dos funcionários até dia 1º de agosto, cerca de 350 empregados podem entrar em greve no dia seguinte. 

O que diz a Cohapar

Ao Plural, a Cohapar informou que foi concedido um reajuste de 8,9% na folha deste mês e que os pleitos protocolados em relação à Convenção Coletiva de 2022/2023, recebidos em 13 de julho, foram encaminhados aos órgãos competentes para análise e deliberação.

A Companhia também afirmou estar tratando o assunto com o sindicato da categoria através da realização de reuniões. Até o momento foram duas com mediação no Ministério do Trabalho, em 6 de maio e 20 de julho.

Caso a paralisação ocorra, alguns serviços de atendimento aos mutuários nas regionais e na sede da empresa podem ser temporariamente suspensos, segundo a Cohapar. As obras e os serviços prestados por empresas licitadas, no entanto, seguem em andamento normal. Os serviços de autoatendimento pelo site da companhia, como cadastro, emissão de boletos, consulta a empreendimentos e emissão de escrituras, continuam disponíveis. 

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