Um grupo de manifestantes se reuniu neste domingo (9) em frente ao terreno do antigo Hospital Psiquiátrico do Bom Retiro para tentar proteger a área arborizada e evitar o desmatamento por um hipermercado que está prestes a ser construído. Centenas de pessoas, incluindo crianças, ocuparam o local e fizeram um protesto pacífico pedindo respeito ao bosque histórico e atuação das autoridades.
A manifestação surgiu de forma espontânea, depois que algumas pessoas preocupadas com a situação criaram um grupo no WhatsApp para pensar o que fazer. Nos últimos dez dias, o grupo buscou fotos aéreas, documentação sobre o terreno, imagens de desmatamento e começou a se mobilizar. O grupo também tentou contato com o Angeloni, grupo catarinense que pretende construir o hipermercado no terreno onde ficava o hospital. Por enquanto, sem sucesso.
Bosque
O hospital psiquiátrico, um dos mais antigos da cidade, foi demolido depois da desativação. O terreno, na Rua Nilo Peçanha, foi dividido em duas partes – numa delas, está sendo preparada a obra do hospital. Na outra, está o bosque. E uma das preocupações dos manifestantes é saber o que vai acontecer com a vegetação. Até agora, não há resposta sobre isso.
“Ninguém sabe se o bosque pertence hoje ao mercado, se faz parte da obra, se vai ser preservado”, diz o professor da UTFPR Eloy Casagrande, ambientalista e um dos participantes da manifestação. Segundo ele, haverá novas manifestações em breve sobre o tema, para garantir que a prefeitura de Curitiba e os órgãos responsáveis atuem antes que seja tarde.
Nesta semana, o grupo também terá uma reunião com o Ministério Público para ver como ficaram as antigas ações judiciais que tentavam proteger o bosque.
Olá, Miriam Karam !! Sou estudante de Comunicação Organizacional na UTFPR, e gostaria de fazer algumas perguntas referente aos protestos referente ao antigo Hospital Bom Retiro. Poderia entrar em contato no meu e-mail? [email protected]
Que tomem como exemplo a mobilização feita para impedir que a área do antigo colégio Des Oiseaux entre a Augusta e a Consolação em São Paulo virasse um “plantação” de espigões de concreto. Até achei que não iam conseguir mas encheram tanto o saco dos moto serras que aquilo hoje é o Parque Augusta.
E tem que ficar de olho porque se der mole, num chuvoso fim de semana qualquer, árvores centenárias viram pó. E aí, Inês é morta…
acho que apenas faltou contar um pouco da briga anterior, que vc apenas cita como ações judiciais. Foi um pouco mais que isso: havia um grupo que protestava todos os domingos, foi feito abaixo assinado, além das ações do Ministério Público. Cito isso pra mostrar que o prefeito não deu a menor bola pras pessoas do entorno e só tocou a coisa adiante.
Como arquiteto, urbanista e construtor, tenho certeza que qualquer obra feita nesta terreno, mesmo que não atingindo o bosque, afetará o nível do lençol freático, como consequência, poderá secar as 3 nascentes ali existentes, afetando, além da fauna e flora e a contribuição à bacia do Belém, podendo inclusive gerar problemas de recalques nas construções vizinhas, principalmente casas antigas, comprometendo a estabilidade e segurança de uma grande área do entorno.