Os professores da rede estadual de ensino e os funcionários das escolas decidiram neste sábado pela suspensão da greve iniciada no dia 25 passado. Nas três semanas de movimento, os grevistas da APP-Sindicato e das demais categorias do funcionalismo conseguiram alguns avanços na negociação com o governo do estado, como a reposição da inflação dos últimos 12 meses, de 4,94%, embora de maneira parcelada.
Na assembleia deste sábado, realizada em frente ao Palácio Iguaçu, representantes de todos os núcleos sindicais de Curitiba e do interior votaram pela suspensão temporária da greve, com uma nova assembleia a ser realizada em agosto, depois do fim do recesso parlamentar, para avaliar a situação.
A educação é a principal categoria do funcionalismo paranaense, com cerca de 64% dos servidores. É muito provável que com a saída da APP da greve, as demais categorias também retornem ao trabalho.
O fim da paralisação foi possível depois de uma proposta apresentada pelo governo do Paraná na noite desta sexta-feira. Os principais pontos são os seguintes.
*Reajuste de 5% – sendo 2 % em 2020, 1,5% em 2021 e 1,5% em 2022;
*Auxílio-alimentação e auxílio-transporte;
*Retirada do Projeto de Lei Complementar 04/2019;
*Abertura ou reativação de oito polos de perícia no interior do estado;
*Instituição de Comissão de Saúde entre sindicatos e Secretaria da Administração e da Previdência (Seap);
*Realização de concursos públicos;
*Garantia de pagamentos de promoções e progressões, incluindo anuênios e quinquênios;
*Manutenção da atual lei de eleições para diretores de escolas;
*Compensação dos dias não trabalhados durante a greve, sem desconto de salários;
*Instituição de Comissão entre Estado e representantes dos servidores para discutir o Processo Seletivo e as necessidades de novas contratações.
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