Pais passam a noite na rua para tentar vaga em escola municipal no Boqueirão

Moradores do entorno da escola ficaram sem vaga na instituição e tentar entrar na lista de espera

Um grupo de pais de estudantes da rede municipal de ensino está acampado em frente a Escola Ensino Fundamental Leonor Castellano, no Boqueirão, na noite de domingo para segunda, dia 11 de dezembro. Eles tentam conseguir uma vaga na escola, que já anunciou ter apenas 9 vagas em aberto: 4 no segundo ano e 5 no quinto ano.

Apesar da disputa por vagas na instituição, segundo o Censo Escolar a Leonor Castellano perdeu 30 vagas nos últimos cinco anos. A instituição também teve a equipe pedagógica diminuída de 34 para 26 professores.

Os pais acampados tentaram uma vaga através do Cadastro Escolar, mas não conseguiram. É o caso da comerciante Andresa Correa Fernandes, que tem duas meninas na rede municipal. A mais velha irá para o quarto ano em 2024 e Andresa queria conseguir colocar a caçula, que vai para o primeiro ano, na mesma escola. “Mas a vaga dela saiu no Nivaldo Braga”, conta. A outra escola fica a cerca de 3,5 quilômetros de distância.

Placa avisa quantas vagas ainda estão abertas na escola. Foto: Bruna Bronoski

Sem a vaga para a caçula, Andresa vai ter que deixar duas crianças em duas escolas diferentes no mesmo horário. “Eu moro a 500 metros da Leonor Castellano”, conta. Além disso tanto ela, quando o filho mais velho dela estudaram na escola. “Temos uma história aqui”, relata.

A situação é a mesma da enfermeira Mônica Gnoatto, que tem uma menina que irá para o quarto ano e estuda na Leonor Castellano e um filho que vai em 2024 para o primeiro ano. Ela também não conseguiu vaga na escola, que fica a cem metros da casa da família. Em 2023 o menino estudou numa outra escola que fica a 4 quilômetros de distância. “Tive que contratar van para ele”, relata. O transporte custa R$ 250 por mês.

Não é a primeira vez que Mônica passa a noite na frente da escola. “Ano passado eu estava aqui para conseguir a vaga para a minha menina. Deu certo”, conta. Este ano, diz, foi a primeira vez que a direção da escola colocou um cartaz alertando quantas vagas ainda existem em aberto na instituição. Tanto Mônica quanto Andresa querem tentar entrar na lista de espera para tentar conseguir uma vaga em caso de desistência de quem já garantiu uma.

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