Greve das professoras continua na segunda; planos de carreiras serão votados na Câmara

Prefeitura se reúne com sindicato da educação, mas partes não chegam a acordo; categorias prometem mobilização para pressionar vereadores

As professoras da rede municipal de ensino de Curitiba vão manter a greve nesta segunda-feira (21), numa tentativa de obter melhorias de última hora no plano de carreira da categoria, que será votado na Câmara Municipal. Depois de uma primeira paralisação no dia 8, as professoras retomaram a greve na quinta-feira, por não terem ainda conseguido respostas que considerassem satisfatórias da Prefeitura.

Nesta sexta-feira, o Sismmac, sindicato que representa a categoria, foi recebido por representantes da prefeitura e apresentou algumas modificações no projeto que deve ser votado no início da semana. Estiveram presentes o secretário de Governo, Luiz Fernando Jamur, e a secretária de Educação, Maria Sílvia Bacila. O prefeito Rafael Greca (PSD) e o vice, Eduardo Pimentel (PSD), não compareceram.

O plano de carreira define como as profissionais contratadas pela Prefeitura evoluirão ao longo dos anos, com promoções e progressões previstas de acordo com o tempo de permanência e futuras qualificações. Um dos grandes embates tem sido o fato de a Prefeitura dizer que não tem como pagar todas as progressões e promoções que aconteceriam e estar colocando limitadores na quantidade de profissionais que poderiam ascender.

Nesta sexta, Jamur teria dito que Greca aceita ampliar os porcentuais de vagas de avanço na carreira existentes em cada ano. As novidades da proposta seriam:

– Aumento do percentual de vagas do crescimento horizontal de 20% para 40%;

– Aumento do percentual de vagas do crescimento vertical de 5% para 20%;

– Inclusão nas exceções dos 30 dias de afastamento para participar dos crescimentos dos dias da licenças decorrentes de doenças graves e crônicas que estão listadas na legislação da isenção de Imposto de Renda e das licenças decorrentes de acidente de trabalho;

– Concessão de bonificação de uma referência (equivalente a 2,8%) no mês seguinte à aprovação do plano (estima-se o pagamento para setembro);

– Aumento de 100% do valor do auxílio alimentação, mantendo-se o teto atual.

O sindicato segue afirmando que só aceitaria o crescimento universal, sem os mecanismos limitadores. Em outro ponto de conflito, o Sismmac disse que não aceita qualquer restrição de crescimento com base em número de licenças.

Nesta segunda, a Câmara começa a votar todos os planos de carreira do funcionalismo de Curitiba. Rafael Greca suspendeu a implementação dos planos assim que assumiu a Prefeitura, em 2019, alegando problemas de caixa. Os planos haviam sido aprovados na gestão anterior, de Gustavo Fruet (PDT). Agora, o funcionalismo amarga quase oito anos sem plano de carreiras.

Os sindicatos prometem mobilização na Câmara nesta semana. O prefeito tem ampla maioria e a tendência seria a aprovação dos projetos em seu formato atual.

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