Em Curitiba, ato a favor da Palestina pede cessar fogo e mais protagonismo do governo Lula

Protesto contou com estudantes, trabalhadores e teve participação da comunidade árabe

Centenas de pessoas se reuniram neste sábado (4) na Praça Santos Andrade, em Curitiba, para um ato em favor do povo palestino. O ato foi organizado pelo Comitê Árabe-Brasileiro Solidariedade Paraná como parte do Dia Mundial de Solidariedade à Palestina para pedir um cessar-fogo e para manifestar o repudio à operação militar do exercito israelense na Faixa de Gaza. Os manifestantes se concentraram na frente da Universidade Federal do Paraná por volta das 10 horas e depois fizeram uma caminhada pela Rua XV de Novembro até a Boca Maldita. 

Além de Curitiba, o Comitê Árabe-Brasileiro organizou atos similares em Ponta Grossa e em Foz do Iguaçu. As pautas foram as mesmas já discutidas durante a manifestação da ultima quarta-feira (1): cessar-fogo, corredores humanitários e interrupção das relações entre Brasil e Israel. Outro tema foi a postura do governo Lula no conflito. “Temos que dar um basta a este genocídio. Isso não é uma guerra, é uma violência contra o povo palestino”, declarou ao Plural o ex-deputado federal Dr Rosinha (PT), que participou ao ato. “O Brasil tem que ter um protagonismo ainda maior. Não temos que atuar só na ONU, mas também chamando as lideranças que estão envolvidas neste processo para construir uma paz verdadeira. Temos que dialogar com todas as partes, não somente com Israel.”

Ato pró-Palestina em Curitiba. Foto: Mattia Fossati

A mobilização uniu juntar trabalhadores, estudantes, aposentados e militantes de vários movimentos de esquerda, como Unidade Popular (UP) e Unidade da Juventude Socialista (UJS). Participaram também representantes de vários coletivos estudantis, como a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a União Paranaense dos Estudantes (UPE).

Também houve uma importante participação de integrantes da comunidade árabe. Um deles é Bahaa Hodaifa, refugiado sírio que deixou o seu país por conta da guerra civil há nove anos. “Temos que dar todo o nosso apoio ao povo palestino, que sofreu muito nos últimos 28 dias. Queremos acabar com essa guerra, não queremos mais ver gente morta por conta desse conflito”, disse Bahaa ao Plural.

“Paz” foi a palavra de ordem dos principais cartazes expostos durante o ato. Um cessar-fogo para fornecer comida, água e eletricidade aos palestinos na Faixa de Gaza e para permitir aos estrangeiros na Palestina de sair da zona de conflito. Entre eles há pelos menos 34 brasileiros que ainda não foram autorizados a deixar a Faixa atrás da fronteira com Egito.

Ato pró-Palestina em Curitiba. Foto: Mattia Fossati

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