Chuvas elevam reservatórios mas situação ainda é crítica em Curitiba

Nível de água está em 30% porém é preciso chuva acima da média por um longo período

Duas semanas após atingir o menor índice histórico nos reservatórios da Grande Curitiba, o nível médio das quatro barragens do Sistema da Abastecimento de Água Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC) voltou a subir. O índice chegou à casa dos 30%, o que não era realidade desde o dia 26 de setembro. Para um impacto na estiagem, porém, é necessário chuva acima da média por um longo período.

Segundo a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), o que proporcionou o aumento dos índices foi a combinação de três condições: ações do rodízio, campanha Meta20 e a incidência de chuvas no mês de novembro. “Nesta segunda-feira (23), estamos com 30,19% de reservação. O acumulado das chuvas neste mês chega a 105 milímetros (mm), ainda um pouco abaixo da média esperada, que é de 115 mm, mas importante para mantermos a distância do modelo de rodízio mais rigoroso.”

Mas ainda é cedo para comemorar. A Sanepar informa que a média de chuva prevista para a região continua na faixa de 600 mm, o que seria insuficiente. “Essa situação só será alterada com chuvas regulares acima da média por um período prolongado.” A companhia reafirma que o uso racional e o combate ao desperdício continuam sendo fundamentais para manter o sistema minimamente no modelo atual.

“A partir de sexta-feira (27), voltam o que chamamos de chuva de verão. Vai ficar bastante quente, abafado, com chuvas à tarde e pancadas isoladas”, afirma Reinaldo Kneib, meteorologista do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). “O volume não é muito elevado, mas chove até o fim do mês. A tendência é começar a ter uma pequena recuperação dos reservatórios a partir do final de semana, bem sutilmente.”

Segundo o meteorologista, há indicação de que “depois do dia 27, 28 até os primeiros 5 ou 7 dias de dezembro sejam chuvosos, principalmente nesse começo do mês que vem. Os indicativos são bem favoráveis às chuvas, não tão volumosas, mas mais frequentes. Mas isso pode mudar.”

Colaborou: Matheus Koga

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