O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou nesta quarta-feira (7) o advogado José Rodrigo Sade para integrar o pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná. Com isso, o TRE volta a ter quórum completo e poderá julgar as duas ações que pedem a cassação do senador Sergio Moro (União). A expectativa é de que o julgamento ocorra ainda no mês de fevereiro.
As ações impetradas pelo PL e pelo PT acusam Moro de abuso de poder econômico. Os partidos lembram que o ex juiz da Lava Jato gastou R$ 2 milhões em sua pré-campanha presidencial em 2022 antes de desistir da corrida e passar a disputar uma vaga pelo Senado. Tanto o PL quanto o Pt afirmam que esses gastos desequilibraram a eleição estadual.
Moro terminou em primeiro lugar, tendo 1,9 milhão de votos. Paulo Martins (PL) teve 1,6 milhão e Alvaro Dias (Podemos) chegou em terceiro lugar com 1,3 milhão).
As ações já passaram pelo Ministério Público, que sugeriu a condenação, e pelo relator do caso, desembargador Luciano Carrasco Falavinha. No entanto, a ação não podia ir a julgamento enquanto não fosse nomeado o novo representante da advocacia no TRE, uma vez que ações de cassação só podem ser julgadas com quórum completo.
A escolha do novo juiz foi apressada pelo ministro Alexandre de Moraes, do TSE, que pediu que a lista tríplice fosse enviada para votação o quanto antes. Na semana passada, os nomes dos três finalistas chegaram ao presidente Lula, a quem coube a decisão.
Sade já era suplente no TRE e é tido em boa conta por seus pares. Defendeu políticos como o ex-procurador da República Deltan Dallagnol (Novo), mas não necessariamente é considerado alinhado com o lavajatismo. Após a sua posse, imagina-se que o TRE paute o julgamento das ações para breve.
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