A cúpula da Assembleia Legislativa do Paraná cogita adiantar a eleição da nova Mesa Diretora para o começo do segundo semestre deste ano. Isso não significa que a posse será adiantada: continuará marcada para o início do próximo ano legislativo, em fevereiro. No entanto, isso poderia diminuir a pressão sobre os deputados para que façam algo em relação ao caso de corrupção envolvendo o atual presidente, Ademar Traiano (PSD).
Em tese, a eleição só precisaria ocorrer em fevereiro de 2025, quando os deputados voltassem para o terceiro ano da atual legislatura. No entanto, há quem prefira que a escolha dos novos dirigentes aconteça em agosto. E citam como precedente aquilo que o próprio Traiano fez na metade da legislatura passada, antecipando as eleições internas em seis meses. Daquela vez, o objetivo era garantir sua vitória. Agora, o objetivo parece ser garantir que ele saia de cena o quanto antes.
Ainda não se fala abertamente em candidaturas, mas todos sabem que o nome mais forte para assumir o cargo de Traiano hoje é o do atual primeiro-secretário, Alexandre Curi (PSD). Há outros pretendentes, como o vice-presidente, Marcel Micheletto (PL) e o líder do governo Ratinho Jr. (PSD) na Assembleia, deputado Hussein Bakri (PSD).
Sobre o/a autor/a
Uma possível decisão rasteira dessa turma mediocremente eleita. Seja quem for, nenhum teria vergonha de ser guindado ao palanque. Por mais ridículo que possa parecer, seria aguentar um parlamentar declaradamente confesso como corrupto, afrontando a dignidade do eleitorado paranaense. Quem se beneficia de dinheiro público, jamais poderia continuar numa função pública. Sacar a figura da hoste política, entregando-o à justiça para ser julgado pelo mal cometido, é o mínimo que deveria ocorrer.