Curitiba chega à marca de 40 cafeterias a cada 100.000 pessoas

Índice mostra quais bairros tem mais cafés após a cidade viver a disputa entre as novas cafeterias rápidas

Existem muitos índices para analisar o quão interessante é um bairro. O preço do metro quadrado construído, o percentual de área verde por hectare, a quantidade de pessoas por metro quadrado. Na Curitiba pós-pandemia temos um novo: a densidade de cafeteria instalada por 100.000 habitantes.

Desde que o modelo de café minimalista aportou por aqui, com banquinhas pequenas que ofertam um cardápio limitado, mas premium de bebidas quentes e geladas, locais que vendem café parecem ter pipocado por todo lugar. O Plural foi investigar como está o mercado de venda de café para consumo imediato e descobriu que a cidade está vivendo uma verdadeira avalanche, com 40 cafeterias para cada 100.000 habitantes.

No Batel e no Centro Cívico esse índice passa de 300 lojas por 100.000 habitantes, mais do que o dobro do que o da cidade americana com maior número de cafeterias: São Francisco, na Califórnia, onde há 235 cafeterias para cada 100.000 moradores. No Batel são 432 cafeterias para 100.000 pessoas e no Centro, 381 para cada 100.000.

Nos EUA, a título de comparação, há 41 lojas Starbucks para cada 100.000 habitantes. A rede é a maior do gênero no país, seguida da Dunkin Donuts.

Na capital do Paraná a coroa fica com outras empresas: as iniciativas locais (mas que já expandiram para o restante do país) GoCoffee, The Coffee e Mais1Café. Juntas as três redes têm 105 lojas na cidade. São 42 da GoCoffee, 38 da The Coffee e 25 da Mais1Café, 15% de todo o mercado. O trio oferece franquias a partir de 120 mil reais no modelo mais simples, conforme apurou o Plural. Mas há opções de lojas mais completas por valores mais altos.

No entanto, o modelo que predomina, principalmente no Centro e entre as franquias da The Coffee e Mais1Café é a da portinha que vende café. O cliente mesmo faz a compra por um tablet e paga só por pix, cartão ou aproximando o celular, uma rotina que barateia o custo de manutenção das lojas, mas não o copinho de café, cujo preço começa em R$ 11 pelo café coado de 270ml.

A distribuição dos novos cafés, porém, não é muito uniforme. Enquanto alguns bairros já estão saturados, outros ainda têm poucas opções. Confira abaixo o mapa completo com a densidade de cafeterias por 100.000 habitantes.

Franquias

As três principais empresas de café de Curitiba operam de maneira semelhante. Ofertam franquias de baixo custo com lojas minimalistas e restrição a circulação de dinheiro vivo, o que reduz os custos de manutenção do negócio.

Confira as opções:

The Coffee

A opção mais barata se chama Street com, no mínimo, 17 metros quadrados. A previsão de custo da franquia é de R$ 150 mil de investimento inicial e R$ 35 mil de taxa de franquia (taxa paga na assinatura do contrato, uma única vez). Além disso o franqueado paga 5% do faturamento bruto em royalties e 2% em marketing. A opção Kiosk tem o mesmo custo.

The Coffee – modelo Street. Foto: divulgação

GoCoffee

Com um cardápio mais extenso e também mais lojas na cidade, a GoCoffee tem lojas maiores, com área para sentar e maior espaço interno. O investimento inicial começa em R$ 150 mil. A rede tem o diferencial de não cobrar royalties dos franqueados. A promessa é de retorno do investimento no prazo de 12 a 18 meses.

Mais1Café

A Mais1Café é a mais nova das três redes. Ela oferece um pacote de franquia de $ 180 mil de investimento inicial para unidades a partir de 15 metros quadrados. Mas o valor real da franquia depende do tamanho e da localização. A empresa promete retorno do investimento em 12 a 24 meses.

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