Como bem destacou o Plural, na edição de domingo, Curitiba teria uma eleição muito diferente. E apontou “6 lugares progressistas que se preparavam para aproveitar o domingo de votação em Curitiba. Caso do Liberdade Bar, que atenderia pessoas que pretendiam acompanhar a apuração das eleições em grupo neste domingo e o Liberdade Bar estará aberto a partir das 16h. O seu diferencial é a gastronomia africana, sobretudo com pratos típicos de Guiné-Bissau – endereço: Rua Itupava, 1511”.
Tempos (bem mais) bicudos
E um eleitor, já um tanto quanto calejado em matéria de eleições, voltou no tempo, quando começou a proibição da venda de bebidas. Bares e bares fechados, mas alguns só na aparência, posto que, depois de votar, bastava recorrer a uma senha – 3 batidas na porta – porta de enrolar, feita de alumínio. Desde que não houvesse alguém passando por perto.
E vinha lá de dentro pergunta do proprietário:
– Quem é?
– É o fulano…
Mas, por conta do truque devidamente combinado, uma deferência dos proprietários a tradicionais fregueses, há quem, para ser brincalhão, tenha dado uma resposta totalmente fora do script.
– Quem bate?
– É a polícia…
Diante do silêncio, percebeu a tremenda mancada e tratou de pedir desculpa, citando seu nome completo (só faltou o CPF) e o prenome ou apelido de outros históricos fregueses da casa.
Ainda sobre a lei seca
Vale o registro: coube ao secretário de Segurança Pública, Wagner Mesquita de Oliveira, revogar na sexta-feira passada a resolução que determinava lei seca no Paraná das 8 às 18 horas no dia de votação do primeiro turno das eleições. Segundo a Secretaria de Segurança, a situação foi reavaliada porque “os demais estados do Sul e São Paulo, que têm realidades similares, não aplicarão a medida”.
E o presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (AbraBar), Fábio Aguayo, comemorou:
– Já estavam aparecendo vários eventos clandestinos no período que entraria em vigor a lei seca. Gostaríamos de agradecer o governo do Estado pela decisão. Neste dia difícil, temos que celebrar a democracia.
PS: e, sem querer comparar os dois episódios, há quem recorde os (terríveis) efeitos da lei seca nos EUA, em 1920.