Eleito sem prestar contas da campanha anterior, o vereador Eder Borges (PP) tinha tudo para ser cassado na segunda-feira. Seu julgamento, enfim, depois de dois anos e cinco meses, estava julgado no Tribunal Regional Eleitoral. Mas, por uma falha interna (o relator não tinha passado o voto para o revisor), o caso vai se arrastar por mais duas semanas.
A lei é clara, e dificilmente, embora tenha escapado na primeira instância, Borges vai conseguir passar impune pelo TRE. O resultado mais provável é que ele perca e tenha que passar imediatamente o mandato para Mestre Pop (PSC), um ex-vereador que está pacientemente esperando há mais de dois anos para ter sua eleição reconhecida – ano que vem, lembremos, o atual mandato já acaba.
Enquanto isso, o ultradireitista, ex-MBL, ganha palco por mais duas semanas para fazer grosserias com os colegas, defender o golpismo e fazer projetos de lei para causar polêmicas baratas, como a cidadania honorária do falecido astrólogo Olavo de Carvalho.