Novo diz que não compactua com vídeo de filiado ridicularizando garoto autista

Presidente do partido ameaça processo por notícia que vincula filiado ao Novo

A direção do Partido Novo de Curitiba afirma não compactuar com o vídeo em que um de seus filiados ridiculariza um garoto menor de idade autista. Em nota enviada ao Plural, o presidente da legenda em Curitiba, Eduardo Carvalho Negri afirma que o partido não participou da “gravação, edição ou divulgação” do vídeo.

Embora a nota repudie a atitude de Bettega, o verdadeiro objetivo do presidente municipal do partido parece ser a ameaça caso o conteúdo relativo ao Novo não fosse retirado do ar pelo Plural. Após dizer que Bettega não tem “cargo eletivo ou de dirigente no partido, sendo apenas um filiado”, Negri afirma estar preparado para ir à Justiça caso o jornal continue associando as ações de Bettega ao partido.

No entanto, como Bettega não apenas é filiado, mas também recebeu do partido legenda para ser candidato a deputado estadual, inclusive se beneficiando com seus 27 mil votos em 2022, a notícia divulgada pelo Plural está certa, e será mantida. Se a reputação do Novo é atingida pela ações de Bettega, a culpa não é do jornalista que informa os fatos, mas do partido que o mantém em suas fileiras.

Entenda o caso

Na sexta-feira (19, a Justiça determinou a retirada do ar de um vídeo em que João Bettega, um integrante do MBL que foi candidato a deputado pelo Novo em Curitiba em 2022, ridiculariza um menino menor de idade diagnosticado com transtorno do espectro autista. A família, representada pela advogada Luciane Mezarobba, foi à Justiça e conseguiu uma liminar contra os vídeos.

Com boné do MST, Bettega finge ser de esquerda para incentivas declarações a favor de políticas progressistas. Depois edita os vídeos de maneira a fazer com que as respostas dos entrevistados pareçam grotescas. No caso do garoto, Bettega não tinha nem mesmo autorização para uso das imagens. O vídeo teve de ser retirado de TikTok, YouTube e Instagram. Bettega pode responder ainda por danos morais.

Sobre o/a autor/a

Compartilhe:

Leia também

À minha mãe

Aos 50 anos, a vida teve a ousadia de colocar um tumor no lugar onde minha mãe gerou seus dois filhos. Mas ela vai vencer

Leia mais »

Melhor jornal de Curitiba

Assine e apoie

Assinantes recebem nossa newsletter exclusiva

Rolar para cima