Greve entra na terceira semana parecendo mais forte

Servidores têm nova reunião nesta segunda coim chefe da Casa Civil

A greve do funcionalismo paranaense entra na terceira semana parecendo mais forte do que quando começou, e mais forte do que o governo previa. Sem acordo entre as partes, os servidores continuam paralisando praticamente todas as categorias do estado.

Ao contrário do que o governo de Ratinho Jr. (PSD) previa, os sindicatos conseguiram mobilizar uma porcentagem importante das maiores categorias. A aposta da gestão era de que, em função do quadro econômico, mesmo com uma defasagem de 17% nos salários os servidores tenderiam a não manter a pressão por muito tempo.

A aposta se provou errada. A APP-Sindicato, que representa professores e funcionários das escolas públicas, era vista pelo governo como um “problema menor”, uma vez que se achava que a categoria estava desmobilizada. No entanto, uma manifestação de 15 mil pessoas no Centro Cívico na semana passada jogou essa ideia água abaixo.

O governo também não contava com tamanho apoio da Assembleia Legislativa aos grevistas. Hoje, há quase um terço dos deputados na frente parlamentar que representa o funcionalismo público: são 16 dos 54 parlamentares. Isso em boa medida graças à chegada de uma grande quantidade de representantes das polícias à Assembleia.

Para completar a proposta apresentada pelo governo na semana passada, de reposição gradual dos 5% acumulados no último ano, terminando com parcelas a serem pagas edm 2022, pegou muito mal – e o próprio governo aparentemente se viu obrigado a recuar, quando de início parecia não estar disposto a fazer qualquer concessão.

Nesta segunda, o chefe da Casa Civil, Guto Silva (PSD), recebe o comando de greve novamente e, embora não haja perspectiva de uma nova proposta do governo por enquanto, os sindicatos comemora o fato de a mesa de negociações não ter sido fechada.

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