Morte de líder kaingang de 14 anos no Paraná comove povos indígenas

Perda de Angélica Kretã foi lamentada pela Funai; família pede ajuda para sepultamento

A morte prematura de uma jovem liderança kaingang paranaense nesta semana causou comoção entre os povos indígenas de todo o país. Angélica Kretã, de 14 anos, faleceu na quinta-feira (1), de causas não reveladas. A Funai e o Ministério dos Povos Indígenas lamentaram a perda da jovem.

Apesar de ser ainda adolescente, Angélica vinha militando na defesa das terras indígenas e do meio ambiente. Integrante de uma legendária família de líderes Kaingang, ela era vista como uma espécie de sucessora natural do trabalho feito pelo pai e pelo avô.

Seu pai, Kretã Kaingang, é hoje coordenador executivo da Associação dos Povos Indígenas (Apib) pela Região Sul, Kretã Kaingang. Seu avô foi Angelo Kretã, primeiro vereador indígena da história do Brasil, assassinado em conflitos fundiários em Mangueirinha, em 1980.

Lamento

Em nota, a Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (ArpinSul) informou que se encontra de luto: “A Arpinsul se encontra de luto junto com a juventude e familiares do nosso grande guerreiro Kretã Kaingang (…). Uma de suas filhas, apesar de tão pouca idade, nos deixou nesta quinta, dia 01/02, e deixou todos nós arrasados por uma partida tão cedo, de forma tão inesperada, de maneira tão impactante”.

“Em tão curto período de tempo, Angélica Kretã Kaingang demonstrou tanta coragem e ousadia para defender os povos indígenas e era admirável sua força no movimento”, completa a nota.

A Funai afirmou em nota oficial que “lamenta profundamente a perda e se solidariza com familiares e amigos neste momento de tristeza”.

Auxílio

A família de Kretã Kaingang está pedindo apoio para poder realizar o translado e o sepultamento de Angélica. Quem puder colaborar pode fazer doações pelo pix [email protected]

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