O pedido de recuperação judicial do Grupo Bitcoin Banco, feito no último dia 4 de novembro, foi uma reação a um pedido de falência impetrado por duas credoras no dia 28 de outubro. O Plural apurou que duas mulheres, clientes do grupo, entraram com pedido após tentar receber, via cheque, R$ 1,1 milhão de Claudio José de Oliveira.
O cheque, no entanto, não tinha fundos. E quando foi reapresentado retornou em razão de furto ou roubo do talão. O valor contido no documento era parte de um acordo extrajudicial firmado entre as duas e Oliveira para encerrar um processo judicial movido por elas.
Sem receber, as duas clientes ingressaram com protesto em cartório contra a Negociecoins, uma das empresas do grupo e, posteriormente, com o pedido judicial de falência.
Na ação, ambas acusam Oliveira de “conduta estelionatária” e antecipam que o grupo poderia pedir recuperação como forma de adiar a solução da disputa. O que acabou acontecendo no dia 4.
No último dia 5 de novembro o pedido de recuperação judicial foi apensado ao pedido de falência movido pelas clientes. Dessa forma, o juiz responsável deverá decidir pela falência ou a recuperação judicial.
Como o Plural noticiou, o Grupo declarou um total de R$ 606 milhões em dívidas, a maior parte sem garantia.