O pedido de recuperação judicial do Grupo Bitcoin Banco mostra que a crise das oito empresas é bem maior do que se sabia. Na lista prévia de credores entregue à Justiça, o Grupo declarou uma dívida de R$ 606 milhões, das quais, R$ 605 milhões são créditos quirografários, ou seja, sem garantia.
A lista também mostra que o principal credor, com créditos de R$ 92,4 milhões, é Johny Pablo Santos, que é presidente da Bitcurrency Moedas Digitais S.A. Outros R$ 17 milhões de créditos estão atribuídos a Negociecoins Express, cujos dados não correspondem a nenhuma empresa, e sim a pessoa moradora de Minas Gerais.
Das oito empresas que estão listadas no pedido de recuperação, a com maior dívida, R$ 327,6 milhões, é a Negociecoins, que segundo a explicação apresentada pelo próprio advogado do grupo à Justiça, é a responsável pela plataforma de negociação com os clientes.
O documento apresentado à Justiça também indica que todas as empresas tem como sócio Claudio José de Oliveira, que detém 99% do controle do negócio.