Há alguns anos o casal Audrey e Maurício Janzen, do Chalê do Pão, na Colônia Witmarsum, encontrou cogumelos porcini nos bosques dos Campos Gerais do Paraná. Além dos delicados perfume e sabor, o fato de o fungo crescer espontâneo e não poder ser cultivado confere mais nobreza a este ingrediente muito difundido na cozinha italiana, mas ainda pouco conhecido no Brasil.

Para falar desta descoberta e das características gastronômicas do funghi, o episódio do podcast Os Gastronautas, que estreou nesta segunda-feira (6), recebe Audrey e Maurício ao lado do chef romano Massimiliano Morabito, da Osteria Capitolina, em Curitiba. Além de ser um conhecedor dos melhores preparos para o cogumelo, o cozinheiro vai promover nesta quinta-feira (9) um jantar com 11 pratos à base de porcini, do antepasto à sobremesa (ainda há vagas disponíveis).

No programa, o casal – ela é empresária e ele biólogo – explica como encontraram o cogumelo pela primeira vez e o trabalho que vem desenvolvendo para popularizar o ingrediente, cuja safra (dependendo do clima costuma ir de de abril a julho) está se tornando a cada ano mais abundante. O casal inclusive aceita encomendas e faz entregas em Curitiba e região metropolitana.

Porcini cresce espontaneamente em condições específicas de clima e solo. Foto: Audrey Janzen/Arquivo pessoal.

Conhecido desde a época dos romanos, que o chamavam de suillus por causa do aspecto gorducho que lembra o de um porquinho (porcino, em italiano), não se sabe ao certo como se difundiu no Brasil. As crônicas relatam que o cogumelo já foi encontrado nos bosques das cidades catarinenses de Otacílio Costa, Lages, Urupema e Bom Retiro, e em municípios da Serra Gaúcha como São Francisco de Paula, Cambará do Sul, Jaquirana e Caxias do Sul. O maior exemplar já encontrado nos Campos Gerais pesava pouco mais de 1 kg.

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