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Espetáculo “Os Analfabetos” com Guta Stresser (e Cia. À Curitibana)

março 22 @ 19:00 - março 24 @ 20:00

O espetáculo gratuito, que tem direção de Adriano Petermann, terá três datas no Miniauditório do Guaíra

“Trata-se da incomunicabilidade e da constante necessidade de adequação aos diferentes papéis que nos obrigamos a exercer ao longo da vida, em confronto com nossos sentimentos reprimidos. O fato é que todos nós somos sentimentalmente analfabetos”. Essa é a premissa básica do drama psicológico “Os Analfabetos”, que a Cia. À Curitibana apresenta nos dias 22, 23, e 24, no Auditório Glauco Flores de Sá Brito, o Miniauditório.

O elenco do espetáculo, que está sendo produzido com recursos da Lei Paulo Gustavo, é composto por Guta Stresser, Stella Mariss, Guenia Lemos, Gabriel Gorosito, Elisan Correia, e Anderson Fregolente.

A direção da peça, que faz sua segunda temporada em Curitiba é de Adriano Petermann, com texto de Paula Goja.  “Os Analfabetos é uma peça de uma linguagem muito fácil, que trata das relações humanas. As pessoas vão reconhecer o que é dito no palco porque, talvez, já disseram em algum momento de suas vidas. Vamos entregar ao público um espetáculo que faça refletir, que emocione e divirta!”, diz Stella Mariss.

“Os Analfabetos” experimenta uma categoria pouco conhecida entre os instrumentos de acessibilidade disponíveis, que é a dramaturgia inclusiva, que não apenas descreve a cena, mas traz uma abordagem mais poética em forma de texto dramatúrgico. “Nós não estamos falando apenas do texto da peça. Incluimos o cenário, figurino, adereços, pois é uma dramaturgia cênica. Nós temos cinco sentidos, então, nós não trabalhamos pelo que falta, mas pelo que existe, como a audição e a sensibilidade tátil”, diz a Juliana Partyka, responsável pela dramaturgia inclusiva. São usados elementos que favoreçam uma acessibilidade estética e não apenas comunicacional, aquela que transforma imagem em palavras.  “É uma ferramenta que convida a plateia a ser coautor do espetáculo, é mais poética. Não vou falar de uma pessoa branca, com óculos de armação vermelha, pra exemplificar. Vou dizer que a pessoa fica muito bonita com esses óculos. Transformo descrição em alternativa poética”, explica.  “Recebemos pessoas que se encantam com a nova proposta porque conseguem ter uma dimensão do todo, incluído no próprio texto”, complementa Partyka.

A companhia também fez questão de dar uma atenção especial aos cadeirantes, facilitando o acesso dessas pessoas e procurando proporcionar um ambiente no qual todas se sintam confortáveis e respeitadas dentro do teatro.  Além disso, o espetáculo também será apresentado por um intérprete de Libras, com foco não só na tradução do texto em si, mas na interpretação do que está sendo mostrado na peça. “O tradutor sempre está atuando para identificar a fala dos atores. A gente estuda os trejeitos dos personagens para sinalizar o texto durante a peça”, explica o “traduator” (tradutor que também atua) de Libras Jonatas Rodrigues Medeiros. A cotradutora surda Rafaela Hoebel também participa da interpretação do texto da peça, ao lado de Jonatas.

A entrada para o espetáculo “Os Analfabetos” é gratuita nos três dias. Depois dessa curta temporada, a peça será apresentada no Festival de Curitiba, no dia 2 de abril, também no Miniauditório.

Os Analfabetos

O tema do trabalho é a incomunicabilidade nas relações humanas e a constante necessidade de adequação aos diferentes papéis que nos obrigamos a exercer ao longo da vida prática e racional, em confronto com os sentimentos reprimidos dia a dia. “Todos nós somos sentimentalmente analfabetos. Como é que nós vamos compreender uns aos outros se nada sabemos a respeito de nós mesmos?”, questiona a personagem Mariana, vivida por Guta nessa montagem que é inspirada em obras do sueco Ingmar Bergman e do dramaturgo brasileiro Nelson Rodrigues.

O palco é minimalista, pois não existe praticamente nenhum cenário. A intenção é direcionar a atenção do público para o trabalho dos atores e atrizes, que atuam diante de um intenso contraste entre luz e sombra. “Em cena, o desejo de ser amado, de experimentar, de pertencer. O deboche, o jogo de palavras, as amarguras, as lembranças, a carência, os desejos reprimidos, o cansaço e a sociedade opressora são questões que norteiam os conflitos vividos pelos personagens”, explica Adriano Petermann.

O espetáculo também é um dos primeiros após a mudança de nome da Cia. Portátil, de Adriano e Stella Mariss, para À Curitibana. “É uma nova etapa da companhia que nasceu aqui, fez pesquisa de linguagem e agora, mais do que nunca, quer desenvolver uma linguagem teatral a ‘la curitibana’, que é diferente do teatro carioca e paulista. É uma linguagem muito própria”, observa Stella Maris.

Ficha Técnica:

Texto: Paula Goja.

Direção: Adriano Petermann.

Atores e atrizes: Guta Stresser, Guênia Lemos, Stella Mariss, Gabriel Gorosito, Anderson Fregolente e Elisan Correia.

Luz: Nanda Mantovani e Wagner Corrêa

Sonoplastia: Adriano Petermann

Designer visual: Stella Mariss

Figurino e Maquiagem: Aldice Lopes

Assessoria de Imprensa: Adriane Perin (De Inverno Comunicação)

Produção e Realização: Cia. À Curitibana e Teatro Guaíra.

Apoio Cultural: Lei Paulo Gustavo, Teatro Guaíra e Governo do Paraná, Círculo Militar, APP Sindicato, Escondidinho da Sete, O Pão que o Viado Amassou, Rause Café, Rico Sabor.

Serviço:

O que: Peça “Os Analfabetos”.

Quando: De 22 a 24 de março, às 19h.

Onde: Auditório Glauco Flores de Sá Brito, o Miniauditório (Rua Amintas de Barros, 70, Centro).

Quanto: Entrada gratuita. Retirar o ingresso uma hora antes.

Detalhes

Início:
março 22 @ 19:00
Final:
março 24 @ 20:00
Categoria de Evento:
Evento Tags:
Website:
https://www.instagram.com/ciaacuritibanaportatil/?img_index=1

Local

Miniguaira – Auditório Glauco Flores de Sá Brito do Teatro Guaíra
Rua Amintas de Barros, s/nº
Curitiba, Paraná 80060-000 Brasil
+ Google Map
Telefone
(41) 3304-7900
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