Peça curitibana “A Aforista” é indicada para quatro categorias no Shell

Curitiba também emplacou finalista na categoria "Destaque Nacional"

A mais nova peça da companhia curitibana Stavis-Damasceno emplacou nada menos que quatro indicações no mais importante prêmio do teatro brasileiro, o Prêmio Shell. “A Aforista” concorrerá nas categorias de Direção, Atriz, Iluminação e Figurinos, na premiação que escolhe os melhores espetáculos apresentados em São Paulo no segundo semestre de 2023.

A peça, que também já passou por Curitiba, é um monólogo de Rosana Stavis, uma das mais importantes atrizes do cenário curitibano. Acompanhada por dois pianistas (Sérgio Justen e Rodrigo Henrique, tocando uma trilha sonora criada por Gilson Fukushima), ela conta a história de três amigos – e do imenso ressentimento que um deles sente pelo talento do gênio do grupo.

A dramaturgia, de Marcos Damasceno (que já ganhou o Shell por “Homem ao Vento”), é inspirada no romance “O Náufrago”, do austríaco Thomas Bernhard – que por sua vez se inspirou na história do grande pianista canadense Glenn Gould, um gênio inigualável no século 20.

Além de Damasceno, pela Dramaturgia, e de Rosana, indicada como melhor atriz, a peça recebeu indicações para Beto Bruel (Iluminação) e para Karen Brusttolin, pelo figurino.

Destaque nacional

Outra peça curitibana recebeu indicação para o Shell, numa categoria que acontece pela primeira vez neste ano. “Temporada de Caça – uma Tragicomédia Distópica Linkedinesca”, da Minha Nossa Cia de Teatro, de Curitiba, foi escolhida como uma das quatro finalistas da categoria, que seleciona espetáculos que não foram apresentados nem em São Paulo nem no Rio de Janeiro.

SELEÇÃO JÚRI NACIONAL

DESTAQUE NACIONAL

– “As Cores da América Latina”, da Panorando Cia e Produtora, de Manaus

– “O Rabo e a Porca”, da Multi Planejamento Cultural, de Salvador

– “Temporada de Caça – uma Tragicomédia Distópica Linkedinesca”, da Minha Nossa Cia de Teatro, de Curitiba

– “Vestido de Noiva”, do Grupo Oficcina Multimédia, de Belo Horizonte

SELEÇÃO JÚRI RIO DE JANEIRO

DRAMATURGIA 

– Rafael Souza-Ribeiro por “Jonathan”

– Rodrigo França por “Angu”

– Vinicius Baião por “Três Irmãos”

– Zahy Tentehar e Duda Rios por “Azira’í”

DIREÇÃO

– Bruce Gomlevsky por “Outra Revolução dos Bichos”

– Dulce Penna por “Jonathan”

– Luiz Antonio Pilar por “Leci Brandão – Na Palma da Mão”

– Orlando Caldeira por “Pelada – A Hora da Gaymada”

ATOR

– Matheus Macena por “Los Hermanos – Musical Pré- fabricado”

– Milhem Cortaz por “Diário de um Louco”

– Sérgio Kauffmann por “Leci Brandão – Na Palma da Mão”

– Xando Graça por “Gente de Bem”

ATRIZ

– Blackyva por “Chega de Saudade”

– Jéssica Barbosa por “Em Busca de Judith”

– Nilda Andrade por “Pipas”

– Zahy Tentehar por Azira’i 

CENÁRIO

– Batman Zavareze e Mariana Villas-Bôas por “Azira’i”

– Clebson Prates por “Angu” e por “Para Meu Amigo Branco”

– Lidia Kosovski por “Olga e Luis Carlos – Uma História de Amor”

– Ricardo Rocha por “Eyja: Primeira Parte, a Ilha”

FIGURINO

– Carlos Alberto Nunes por “A Hora do Boi”

– Flávio Souza por “Eyja: Primeira Parte, a Ilha”

– Giovanni Targa por “Só Vendo Como Dói Ser Mulher de Tolstói” 

– Luiza Marcier por  “Los Hermanos – Musical Pré- fabricado” e por “Restos na Escuridão”

ILUMINAÇÃO

– Ana Luzia Molinari de Simoni por “Azira’í”  e por  “Feio”

– Beto Bruel por “A Aforista”

– Daniela Sanchez por “Leci Brandão – Na Palma da Mão”

– Paulo Cesar Medeiros por “O Menino é  Pai do Homem” 

MÚSICA 

– Muato e Felipe Storino pela direção musical de “Chega de Saudade” 

–  Muato pela direção musical, percussão corporal e trilha original de “Pelada – A Hora da Gaymada”

– Pedro Sá Moraes pela direção musical e composições originais de “Em Busca de Judith”

– Ruy Guerra, Zeca Baleiro e Lui Coimbra pela direção musical e trilha original de “Dom Quixote de Lugar Nenhum”

ENERGIA QUE VEM DA GENTE

– Cia dos Comuns – Pelos 22 anos de uma atuação continuada e imprescindível para a formação e o fortalecimento da cena teatral preta brasileira, contribuindo de forma decisiva para a fomento e formação de artistas negros e na luta antirracista em nossa sociedade.

– Elenco do espetáculo Meu Corpo está aqui – Bruno Ramos, Haonê Thinar, Jadson Abraão (ator intérprete de libras), Juliana Caldas e Pedro Fernandes. Pelo processo coletivo de construção de um espetáculo altamente vital e inspirador, que impacta de forma positiva na visibilização de Pessoas com Deficiência. 

– Entidade Maré pela “Ocupação Noite das Estrelas” – Por celebrar nas ruas do Complexo da Maré, unindo a comunidade e pessoas vindas de outras partes da cidade, a vida e a ancestralidade dos artistas lgbtqiapn+ que, durante as décadas de 1980 e 1990, realizaram ali os shows “Noite das estrelas”, inspiração até então esquecida de muitos importantes movimentos sociais que acontecem 

– Projeto Museu dos Meninos – Por criar, através de uma série de ações artísticas, um lugar inspirador para todas as necessárias políticas públicas voltadas para a preservação da memória e a imaginação de futuros outros para os jovens pretos e favelados do Complexo do Alemão.

Veja abaixo todos os indicados:

SELEÇÃO JÚRI SÃO PAULO 

DRAMATURGIA 

– André Santos por Quilombo Memória

– Ave Terrena e Ymoirá Micall por Fracassadas Br

– Carlos Canhameiro por Xs Culpadxs

– Victor Nóvoa por Mãos Trêmulas” 

DIREÇÃO 

– André Paes Leme por “Viva o Povo Brasileiro (de Naê a Dafé)”

– Antônio Araújo  por “Agropeça”

– José Fernando Peixoto de Azevedo por “Ensaio Sobre o Terror”

– Marcos Damaceno por “A Aforista”

ATOR 

– Marco Antônio Pâmio por “A Herança”

– Maurício Tizumba por “Viva o Povo Brasileiro (de Naê a Dafé)”

– Vitor Britto por “O Avesso da Pele”

– Vinicius Meloni por “Agropeça”

ATRIZ

– Alessandra Maestrini por “Kafka e a Boneca Viajante”

– Grace Gianoukas por “Nasci pra Ser Dercy”

– Rosana Stavis por “A Aforista”

– Tenca Silva por “Agropeça”

CENÁRIO

– Attilio Martins por “Bossa Nova Cabaré Bar”

– Eliana Monteiro e William Zarella por “Agropeça”

– Luiz Fernando Marques (Lubi) por “Ainda Sobre a Cama”

– Simone Mina por “Mutações”

FIGURINO

– Fábio Namatame por “Além do Ar – Um Musical Inspirado em Santos Dumont” 

– João Pimenta por “Kafka e a Boneca Viajante”

– Karen Brusttolin por “A Aforista”

– Marah Silva por “Viva o Povo Brasileiro (de Naê a Dafé)”

ILUMINAÇÃO 

– Aline Santini por “Mutações”

– Fran Barros e Tulio Pezzoni por “Once – O Musical”

– Maneco Quinderé por “Alguma Coisa Podre”

– Nicolas Caratori por “A Cerimônia do Adeus”

MÚSICA 

– Alexandre Rosa pela direção musical de “Infância”

– Chico César e João Milet Meirelles pela música original e direção musical de  “Viva o Povo Brasileiro (de Naê a Dafé)”

– Naruna Costa pela direção musical de “Boi Mansinho e a Santa Cruz do Deserto”

– Peri Pane pela direção musical de “Quando o Discurso Autoriza a Barbárie”

ENERGIA QUE VEM DA GENTE

– Ateliê 23 – Pela pesquisa sobre violência de gênero e tráfico sexual de adolescentes e mulheres prostituídas no ciclo da borracha, no interior da Amazônia, tema do espetáculo “Cabaret Chinelo”.

– Palacete dos Artistas – Projeto de moradia e assistência no centro de São Paulo onde artistas veteranos vivem por meio de aluguel social e de autogestão do espaço e realização de eventos culturais.

– Rosas Periféricas – Pelo trabalho que desenvolve há 15 anos na região do Parque São Rafael, periferia de São Paulo, com espetáculos teatrais e ações sócio-educativas, voltados ao público jovem.

– Selo Lúcias –Iniciativa da Associação dos Artistas Amigos da Praça (Adaap), pela organização, publicação e distribuição gratuita de livros que resgatam a história das artes cênicas no Brasil.

Conheça o corpo de jurados do Prêmio Shell de Teatro, incluindo o novo júri da categoria “Destaque Nacional”.

Rio de Janeiro

  • Leandro Santana (produtor cultural, gestor público e ator).
  • Ana Luisa Lima (professora, produtora e gestora cultural)
  • Biza Vianna (figurinista, diretora de arte e produtora cultural)
  • Patrick Pessoa (dramaturgo e crítico teatral)
  • Paulo Mattos (curador e produtor cultural)

São Paulo

  • Evaristo Martins de Azevedo (crítico de arte)
  • Ferdinando Martins (professor e crítico de arte)
  • Luiz Amorim (ator, diretor e gestor em produção cultural)
  • Maria Luisa Barsanelli (jornalista)
  • Luh Maza (dramaturga, diretora, roteirista e atriz)

Destaque Nacional

  • Giovana Soar (atriz, diretora, tradutora e curadora)
  • Marcio Meirelles (encenador, dramaturgo e gestor cultural)
  • Dane de Jade (atriz, pesquisadora e gestora cultural)
  • Guilherme Diniz (pesquisador, crítico cultural e professor)

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