Janete trabalhou como motorista de aplicativo durante dois anos. No começo, era bacana, dava pra tirar um dinheiro legal, mas depois começou a dificultar.
Com a pandemia, o movimento caiu bruscamente. Em seguida, Janete percebeu que as taxas repassadas aos motoristas eram problemáticas.
“Nós conversávamos com os passageiros, eles diziam quanto estavam pagando e pra gente vinha um valor muito inferior.” Janete, ex-motorista de aplicativo
Com a alta dos combustíveis, ficou inviável: ela decidiu voltar para a CLT como executiva de vendas.
O Plural conversou com outros quatro motoristas e ouviu as mesmas queixas.
Não à toa, a categoria estima que Curitiba perdeu cerca de 30% dos motoristas de aplicativo em 2021.
Combustível
óleo
pneu
limpeza
multas de trânsito,
impostos
seguro
“Eu já peguei corrida a R$ 5,72 pra rodar 11 km – 5 pra buscar o passageiro e 6 pra desembarcar. Se o meu carro faz 9 ou 10 km por litro, eu paguei pra trabalhar, né?” Ivete, motorista de aplicativo
No dia a dia, os motoristas têm que fazer o cálculo em segundos para ver se compensa. Por isso, muitas vezes aceitam a corrida e cancelam em seguida, mesmo sendo penalizados por isso.
Não está fácil para ninguém - nem para os motoristas.