O Grupo Expoente teve falência decretada neste dia 23 de agosto. A empresa teve um pedido de autofalência acatado pela 2.ª Vara de Falências de Curitiba. A instituição estava com dificuldades para honrar o plano de recuperação judicial e não quitou valores devidos em maio deste ano.
Na decisão, a juíza Luciane Pereira Ramos autorizou a continuidade do trabalhos das escolas no Água Verde e no Boa Vista, em Curitiba, bem como do portal do grupo até o fim do ano letivo. Também determinou a venda imediata dos ativos.
A expectativa é que a venda para um grande grupo educacional de Curitiba seja concluída em 30 dias, de forma a preservar pelo menos parcialmente o cronograma de rematrícula dos alunos tanto das unidades próprias, quanto das conveniadas. No total, o Expoente informou à Justiça que 36 mil estudantes serão afetados.
A manutenção das escolas abertas compreende a permanência da equipe administrativa e pedagógica das unidades, assim como o plano de saúde dos colaboradores e o pagamento dos prestadores de serviço.
Sem recursos
O plano do Expoente, segundo informações contidas no processo de recuperação judicial, era vender a sede do Água Verde do colégio para obter recursos para reinvestir nas escola, em especial para garantir a adequação do material didático às novas bases curriculares. A ideia foi barrada pela Justiça depois que partes interessadas no processo se manifestaram contrários.
O Grupo Expoente já estava em recuperação judicial desde 2010 e tinha um montante de dívidas em torno de R$ 32 milhões, mais um débito tributário estimado no triplo desse valor. Desde 2010, a empresa vinha cumprindo o plano de recuperação com dificuldade.
Na decretação de falência foram incluídas quatro empresas do grupo: Grupo Expoente, Sociedade Educacional Expoente Ltda, Merlin Sistema de Ensino Ltda e Ane Class – Participações e Administração de Bens Ltda.
O Expoente foi fundado em 1988. Além das unidades escolares, o grupo também mantinha um sistema de ensino e unidades conveniadas e chegou a atender uma rede de 200 mil estudantes em todo o Brasil. O sistema de ensino representa 80% da receita do grupo.
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