Denúncias de paranaenses em atos terroristas de Brasília já passam de 1 mil

PT do Paraná abriu canal para identificar paranaenses envolvidos nos ataques antidemocráticos deste domingo

O canal aberto para receber denúncias de paranaenses protagonistas dos atos terroristas deste domingo (8) em Brasília recebeu mais de 1 mil interações em pouco menos de 15 horas no ar. A plataforma foi criada pelo diretório paranaense do Partido dos Trabalhadores (PT) para ajudar na identificação dos envolvidos nos ataques antidemocráticos que arrasaram os palácios dos três Poderes na capital federal.

Congresso, Palácio do Planalto e a sede da Suprema Corte foram invadidos e vandalizados pelos extremistas pró-Bolsonaro. O grupo se movimentou praticamente sem obstáculos em direção aos prédios, com consentimento e até mesmo escolta da Polícia Militar do Distrito Federal, responsável pela segurança pública no Eixo Monumental. A suposta omissão, alvo de investigação, levou ao afastamento temporário do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.

Caravanas de todo o Brasil deram reforço ao ataque pré-planejado dos terroristas. Estima-se que dezenas de ônibus tenham saído do Paraná. Nas redes sociais, fala-se em quase 70 veículos, mas ainda não é possível confirmar esta informação.

O presidente do PT no Paraná, deputado Arilson Chiorato, falou em apuração intensa acerca das denúncias já recebidas. O trabalho a partir de agora é fazer um “arrastão jurídico” para relacionar nomes de paranaenses participantes, financiadores e instigadores dos ataques antidemocráticos, que entram para a história como os mais graves desde a redemocratização do país.

“Recebemos desde vídeos, prints de gente daqui que foi até Brasília. Há pessoas de várias partes, de Londrina, de Maringá, de União da Vitória. Tem muita coisa que se repete, e agora temos de fazer esse trabalho para denunciar os nomes ao Ministério Público, ao Ministério da Justiça”, disse Chiorato.

Aberto via WhatsApp, pelo número 41 9 9522 2650, o canal de denúncias contra os terroristas paranaenses engajados nos ataques ainda seguirá aberto ao longo da segunda-feira.

Governo do PR retira palavra “terrorista” de nota

Até o fim da noite deste domingo, pelo menos 400 pessoas haviam sido presas na esteira da desordem provocada pela horda golpista em Brasília. A lista dos nomes ainda não foi divulgada. Durante a escalada das hostilidades, avolumaram-se condenações feitas por representantes democraticamente eleitos pelas urnas – os vândalos não aceitam Lula como presidente eleito pela nação.

O governador do Paraná, Ratinho Jr., um dos chefes de governo mais fieis do ex-presidente Jair Bolsonaro, reprovou os atos de violência. Mas uma nota do governo do Paraná chamou a atenção. O Palácio Iguaçu removeu um comunicado em que se referia aos atos como terroristas. Uma segunda versão removeu a palavra do texto.

Até o fim desta manhã, Ratinho Jr. ainda não havia confirmado se vai participar da reunião extraordinária com o Fórum de Governadores chamada pelo presidente Lula. O encontro está previsto para as 18h desta segunda e já tem baixas. O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) – também fiel aliado de Bolsonaro –  já confirmou ao jornal NSC Total ausência na reunião.   

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