Curitiba registra mais 18 óbitos e 467 casos novos de Covid-19

Média de óbitos nos últimos três dias é de 17 mortes diárias

Nesta terça-feira (21), Curitiba registrou mais 18 mortes por conta da infecção do coronavírus. Desde 11 de março, data em que o primeiro caso foi diagnosticado na cidade, 387 curitibanos morreram em decorrência de complicações da doença. O total de infectados passou de 14 mil hoje: com mais 467 casos confirmados, ao todo a cidade registra 14.402 notificações da doença Covid-19.

As novas vítimas são 12 homens, e seis mulheres, com idades entre 47 e 89 anos. A média de idade dos óbitos é de 72 anos. Embora o grupo conte com cinco pessoas abaixo dos 60 anos, perfil da maior parte das mortes na cidade, todas apresentavam comorbidades – com mais risco de agravamentos. A maior parte das mortes (14) ocorreu nas últimas 48 horas. As demais entre os dias 13 e 18 de julho. As vítimas da Covid-19 tinham doenças crônicas e tiveram atendimento de serviços de saúde. Apenas um dos óbitos ocorreu em domicílio. Uma das vítimas chegou a ficar três meses internada. A taxa de letalidade da doença em Curitiba está em 2,7%.

Há 565 pessoas internadas em hospitais públicos e particulares da cidade. Menos da metade, 234 pacientes, apresentam quadros graves, que estão em Unidades de Tratamento Intensivo. A taxa de ocupação das 325 UTIs SUS exclusivas para Covid-19, em Curitiba, está em 91%. A médica infectologista, Marion Burger, destaca que é preciso estar atento aos sinais de complicação respiratória, para procurar atendimento hospitalar no momento certo: “No primeiro momento, o mais adequado é descansar e se isolar. Depois fazer o monitoramento, não só do seu quadro, mas também da sua respiração”. Segundo a médica, as complicações costumam aparece entre o quinto e o sétimo dia dos sintomas, geralmente em forma de falta de ar, fraqueza, tosse ininterrupta e febre.

“É nossa taxa de propagação da doença que precisa diminuir”, disse a secretária municipal de Saúde, Marcia Huçulak, em live no Facebook. Segundo ela, o que levou Curitiba a entrar na bandeira laranja foi o número de leitos de UTI disponíveis, mas o que pesará mais para um eventual decreto de bandeira vermelha é a propagação do vírus.

Mais cedo, hoje, a secretaria divulgou um novo decreto com alterações nas normas de funcionamento de atividades comerciais. Embora o órgão negue que as novas medidas são menos restritivas, atividades como academia e a liberação de horário para várias atividades estão previstas no novo decreto. “É uma responsabilidade do cidadão nesse momento. […] As pessoas precisam trabalhar para pôr o pão na mesa, mas precisamos também manter o controle da propagação da doença em Curitiba”, afirmou. O município tem, ainda, 6.100 pessoas que estão infectadas e em fase de transmissão ativa do vírus. Há, também, 520 casos suspeitos e 7.915 pessoas que já se recuperaram da Covid-19.

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